quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A prática nem sempre leva à perfeição, diz estudo


Praticar bastante é essencial para se atingir a excelência em uma habilidade específica. Mas isso não é tudo

Pesquisadores estudam como a prática afeta o desempenho dos jogadores de xadrez
Para se tornar verdadeiramente bom em alguma atividade algumas qualidades devem ser consideradas, como, por exemplo , o QI ou a memória de trabalho. Pelo menos é o que sugerem pesquisadores que estudaram como a prática afetava o sucesso de jogadores de xadrez.
Para o estudo, publicado na edição de outubro da revista Current Directions in Psychological Science, os pesquisadores também consideraram pesquisas anteriores e notaram que nem a prática mais difícil nem a mais longa compensam a falta de outras características importantes que são relevantes para uma determinada atividade.
Os autores do estudo apontam que existe uma crença de que as pessoas serão melhores em áreas como esporte, música ou xadrez se praticarem muito, mas eles discordam dessa visão. “Não é bem assim. Se considerarmos pessoas que são excelentes em alguma atividade, muitas praticaram por três mil horas enquanto outras treinaram por 30 mil horas para atingirem o mesmo nível. E ainda há pessoas que praticaram mais de 30 mil horas e não conseguiram isso ", afirma Guillermo Campitelli, pesquisador da Edith Cowan University, em Joondalup, Austrália.

Música e xadrez
Ao pesquisar estudos prévios sobre como a prática afeta músicos, Campitelli e seu parceiro de estudo se deram conta de que músicos melhores em leitura de pauta sem estudo prévio da mesma têm uma memória de trabalho melhor, e a habilidade de manter informações relevantes ativas na mente.

Quando se trata de xadrez, no entanto, as qualidades que ajudam alguns jogadores a se tornarem os melhores ainda não foram identificadas, embora os pesquisadores sugiram que os jogadores de xadrez possam ter um alto QI mais alto do que a população em geral.
Os pesquisadores também descobriram que 82% dos jogadores adultos são destros, em comparação a 90% da população em geral. Eles afirmam que isso poderia sinalizar uma discrepância no desenvolvimento do cérebro que melhora a habilidade espacial em algumas pessoas permitindo que elas sejam ótimas jogadoras de xadrez.

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