domingo, 18 de setembro de 2011

Internação de mulheres obesas cresce 18,2% no País

Entre janeiro e julho, foram 3.867 hospitalizações, sete vezes mais do que a taxa em homens
A obesidade leva sete vezes mais mulheres ao hospital do que homens. Entre janeiro e julho deste ano, 3.867 pacientes do sexo feminino foram internadas no País por causa de problemas acarretados pelos quilos em excesso contra 545 registros entre eles.
O levantamento, feito pelo iG no banco de dados virtual do Ministério da Saúde (Datasus), mostra que a doença está em ascensão. Em comparação com o mesmo período de 2010, há um aumento de 18,2% das hospitalizações de obesas (3.269), mais suscetíveis a problemas cardíacos, acidente vascular cerebral, diabetes e também transtornos psíquicos.
Para a presidente da Associação Brasileira de Estudo da Obesidade (Abeso), Cláudia Cozer, algumas características femininas fazem o peso em desacordo com a altura ser mais grave nelas. “Muitas mulheres são mais sedentárias do que os homens. Elas permanecem mais tempo em casa o que facilita o acesso a comida”, pontua a médica.
“O metabolismo feminino também difere do masculino e faz o gasto calórico diário delas ser menor. Outra característica é que as oscilações hormonais, típicas do período pré-menstrual favorecem a ocorrência de quadros compulsivos”, complementa a presidente da Abeso.
Para Vera Kogler, pesquisadora do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, a mulher também é mais cobrada por estar acima do peso e sofre mais pressão – o que pode culminar em um ciclo difícil de romper, formado por tristeza, compulsão e comida.
“Mas também por ser mais cobrada, a mulher procura ajuda médica para obesidade em uma fase mais precoce do que o homem, talvez uma outra hipótese para elas serem mais numerosas nas estatísticas”, avalia Vera.
“Os homens quando chegam até nós estão ainda mais gordos e com mais danos na saúde bucal e cardíaca.”
Este conjunto de fatores também faz com que as mulheres sejam mais numerosas entre os pacientes que são submetidos às cirurgias de redução do estômago, conforme apontou a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, e também mais suscetíveis a outros transtornos alimentares, como anorexia e bulimia. Na escala inversa, já calculou o Ambulatório especializado da Universidade de São Paulo, a proporção é de 10 mulheres anorexas ou bulímicas para cada homem.
Estratégia
Para sair das estatísticas da obesidade, os especialistas recomendam alimentação adequada, exercícios físicos e também acompanhamento psicológico em casos mais extremos. A seguir, confirma a história de 4 mulheres que conseguiram reverter a obesidade:


Patricia exibe foto de quando estava com obesidade mórbida


Simone fez uma mudança radical na alimentação


Barbara em uma sessão fotográfica que fez para uma revista



Solange depois da cirurgia bariátrica e com novo visual




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