domingo, 25 de setembro de 2011

Trajes de pais e padrinhos: até que ponto interferir?


Noivas podem indicar como querem o figurino, mas devem tomar cuidado para não exagerar nas solicitações e causar desconforto aos convidados

Foto: Getty ImagesAmpliar
Noiva e madrinhas: cuidados para ter um final feliz
De acordo com o organizador de casamentos Marcelo Redondo, os noivos podem sim definir como será o traje de pais e padrinhos, se o objetivo é buscar padronização e uniformidade. Mas tudo precisa ser “pedido” com muita delicadeza. “Não deve ser algo imposto, mas conversado e explicado aos padrinhos e pais”, explica o assessor.
Sonhando com o dia perfeito, muitas noivas acabam fazendo pedidos ou exigências aos seus convidados, especialmente àqueles em destaque na cerimônia: pais e padrinhos. A principal solicitação envolve o traje a ser usado no dia do casamento. Mas até que ponto é correto – e elegante – interferir no figurino dos outros?
A consultora de casamentos Alê Loureiro também lembra que, ao fazer exigências sobre os trajes, é preciso levar em conta as condições financeiras dos convidados. “Se os noivos querem gravata prata para todos, é de bom tom comprar a gravata igual e oferecer de presente”, comenta. E, se os padrinhos forem pagar pelo aluguel do traje, o valor deve ser acessível a todos, para evitar constrangimentos.
Para evitar os exageros, acompanhe três casos de sucesso abaixo: as noivas contam o que definiram e os consultores pontuam as decisões.
Foto: Arquivo pessoalAmpliar
Para fugir do tradicional visual todo preto, Ingrid optou pelo meio-fraque com calça cinza para os padrinhos
“Escolhi o traje completo dos padrinhos”
A analista contábil Ingrid Luana Antonino Pinho quis fugir do tradicional terno escuro para os padrinhos em seu casamento com o eletricista Alexandre Gonçalves, em setembro de 2010. A sugestão foi um meio fraque com camisa branca, colete e gravata prata e calça risca de giz cinza. “Como meu casamento foi à noite, ficou superlegal essa combinação. Todos os homens ficaram padronizados e elegantes”, afirma Ingrid.
Opinião do especialista: de acordo com a assessora de casamentos Vera Sartori, pode-se pedir a padronização do traje dos padrinhos. Vale até mesmo escolher uma determinada loja para que todas as peças tenham o mesmo tom, tecido e alfaiataria. A opção escolhida por Ingrid para fugir do tradicional é vista com bons olhos pela consultora. “O meio fraque é uma sugestão bacana. Tem estilo e fica elegante, é uma roupa que cabe em qualquer lugar”, afirma Vera.
“Pedi que as madrinhas fossem todas de longo, mas com cores diferentes”
O requisito mais comum é pedir às madrinhas para usarem vestidos longos e não repetirem cores. Foi o caso da paulsitana Juliana Veroneze, de 29 anos, que se casou com Eduardo Gomide, de 36 anos, em abril. Para criar um visual harmônico no altar, ela pediu que as madrinhas e mães usassem peças de cores distintas. Para facilitar, ela criou um blog onde ia publicando os tons já escolhidos pelas amigas. “Não tive problemas, todas aceitaram a sugestão numa boa”, relata.
Opinião do especialista: segundo o assessor de casamentos Marcelo Redondo, o casamento deve ter “a cara” dos noivos. Portanto, não há problemas em pedir que as cores dos trajes sejam diferentes. Mas tome cuidado para não exagerar nas exigências. “Vale até considerar uma alteração nos planos, caso alguma madrinha mostre descontentamento”, indica.
“Pedi que as madrinhas fossem todas de azul, mas em tons diferentes”
Já a estudante Kátia Kanamori, que se casou com Fabiano Kanamori em setembro do ano passado, teve uma ideia diferente. Ela queria que todas as madrinhas usassem azul, mas em tonalidades diferentes, para formar um degradê no altar. “Procurei fazer coisas originais e achei que assim ficou moderno e elegante”, diz. Para que tudo saísse perfeitamente como ela desejava, ela comprou pedacinhos de tecidos e distribuiu para as madrinhas, para que estas buscassem se aproximar ao máximo do tom escolhido.
Opinião do especialista: para a consultora Alê Loureiro, não é problema a noiva determinar as cores, como no caso de Kátia, ou até mesmo vetar um determinado tom, como o preto. “Mas é preciso levar em contar que algumas madrinhas podem não gostar de uma determinada cor. A noiva deve ser flexível e aberta a conversas”, afirma

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