Fabricante e agência começam a planejar nova fase da campanha, caso haja proibição do Conar; SPM divulga artigo que defende retirada do ar como forma de "respeito às mulheres"
Mesmo com os pedidos da Secretaria de Proteção à Mulher (SPM) para que a campanha da Hope fosse tirada do ar por ser sexista, tanto a fabricante de lingerie quanto a agência de propaganda GiovanniDraftFCB, que criou o anúncio, decidiram por mantê-la no ar.
Nesta quinta-feira, a Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu o processo para julgamento da campanha com base em 15 denúncias, entre elas a da SPM. O julgamento poderá levar 45 dias para ser concluído.
Com o feriado judaico desta quinta-feira, os executivos da Hope não estavam disponíveis para entrevistas. Porém, a agência informou que está trabalhando numa alternativa para caso a campanha seja mesmo suspensa. Para a modelo Gisele Bündchen, a campanha, na qual as situações em que aparece vestindo roupa íntima são consideradas corretas, é apenas uma brincadeira.
Ontem, a SPM divulgou um artigo assinado por Carmen Hein Campos, coordenadora Nacional do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem/Brasil), no qual escreve que "retirar do ar a propaganda é uma demonstração de respeito às mulheres e reconhecimento que mais não suportamos ser tratadas como objetos ou estereotipadas em comerciais. As mulheres brasileiras elegeram a primeira Presidenta do país, que fez história ao abrir, pela primeira vez, uma reunião das Nações Unidas discursando sobre a igualdade de gênero e questões sérias vivenciadas pelos povos no mundo."
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