Convidar amigas de verdade para madrinhas do casamento traz benefícios para a noiva. Mas o envolvimento não pode passar dos limites
Estreia neste final de semana o filme “Missão Madrinha” (Bridesmaid, 2011; leia crítica aqui). Nele, a melhor amiga da noiva, embora coberta de boas intenções, só faz trapalhadas ao tentar ajudar na organização do casamento. Nos Estados Unidos, é comum as madrinhas se responsabilizarem por boa parte das tarefas relativas à festa. Mas será que no Brasil existem madrinhas tão prestativas quanto as norte-americanas?
De acordo com Mari Dedivitis, assessora de casamentos da Salve Santo Antônio, o perfil da noiva brasileira é diferente. Por isso, é menor a quantidade de madrinhas que ajudam de fato no casamento. “No Brasil, as noivas querem preparar uma festa diferente e fazer uma surpresa para os convidados. A noiva norte-americana gosta de envolver todos na festa: padrinhos, família e convidados”, concorda Fernanda Floret, do blog Vestida de Noiva.
Mesmo assim, é muito bom para a noiva quando a madrinha decide fazer parte da organização. “Uma madrinha pode ajudar muito, especialmente quando a noiva é indecisa. Ela pode ajudá-la a ter confiança na escolhas”, afirma Mari.
De acordo com Mari Dedivitis, assessora de casamentos da Salve Santo Antônio, o perfil da noiva brasileira é diferente. Por isso, é menor a quantidade de madrinhas que ajudam de fato no casamento. “No Brasil, as noivas querem preparar uma festa diferente e fazer uma surpresa para os convidados. A noiva norte-americana gosta de envolver todos na festa: padrinhos, família e convidados”, concorda Fernanda Floret, do blog Vestida de Noiva.
Mesmo assim, é muito bom para a noiva quando a madrinha decide fazer parte da organização. “Uma madrinha pode ajudar muito, especialmente quando a noiva é indecisa. Ela pode ajudá-la a ter confiança na escolhas”, afirma Mari.
Foto: Edu FedericeAmpliar
Marcela, Fernanda - a noiva - e Ana Paula no grande dia: madrinhas realmente próximas se envolvem na medida certa
Maquiagem de presente
Quando a assessora de casamentos Ana Paula Neres descobriu que Fernanda, sua melhor amiga, adoraria fazer um dia da noiva, mas não poderia pagar por ele, pensou em seu dever como madrinha. Ela e Marcela, também amiga e madrinha, decidiram bancar o serviço para Fernanda. A surpresa foi gravada em vídeo. “Ela só chorava e dizia: ‘vocês gastaram muito dinheiro’. Afinal, o preço ela sabia, não tinha como esconder isso”, lembra Ana.
“A Fernanda se casou no dia do aniversário da mãe. E queria ficar com a família no dia da noiva”, conta Ana. Não só a noiva como as duas madrinhas fizeram a maquiagem e os penteados no mesmo local. “E a maquiagem e o cabelo ficaram em pé até o final”, acrescenta Ana.
A lealdade das madrinhas à noiva ainda foi testada uma última vez. Pouco antes de entrarem no carro rumo à cerimônia, Ana Paula e Marcela tiveram problemas com seus vestidos. Depois de muito estresse para resolvê-los, ambas estavam irritadas. Mas, pela noiva, decidiram encarar a noite como estavam e deixar para lá. “Quando chegamos no carro, olhamos uma para a cara da outra e pensamos ‘hoje é o dia da Fê, não podemos ficar assim’. E o casamento foi incrível, nos divertimos muito”, diz Ana. No fim, a madrinha até pegou o buquê.
Embora não seja tão comum no Brasil, o modelo das madrinhas amigas é interessante. Mari destaca que não ter vínculo real com as madrinhas é complicado. Afinal, só uma amiga próxima de verdade sabe quais são os gostos da noiva. “No casamento americano as madrinhas são, de fato, as melhores amigas, amigas de infância ou irmãs da noiva. Aqui é muito comum você ver uma esposa de amigo que vira madrinha ‘no pacote’”, diz.
Conexão com Londres
A estilista de noivas Fafi Vasconcellos foi madrinha de sua melhor amiga, Carol, há dois anos. Na época, a noiva morava em Londres, mas se casaria no Brasil. “Como ela já tinha casa montada na Inglaterra, minha primeira ideia foi montar um chá de lingerie surpresa. Só avisamos quando ela estava chegando aqui”, conta Fafi.
E assim foi. A estilista organizou o evento com as amigas mais próximas da noiva, que se espantou mas gostou muito do resultado. “Hoje em dia, com todas as amigas trabalhando muito, fica cada vez mais difícil reunir todas para eventos ‘luluzinha’. Uma comemoração como essa é ótima para conseguir juntar todas”, comenta.
Para Fafi, o chá de lingerie não servia só para agradar a noiva, mas também para ajudar na nova vida a dois. Segundo Mari, este tipo de relação da madrinha com o casal de noivos é essencial. “Dá uma energia muito grande quando os padrinhos conhecem o casal”, comenta. Fernanda Floret também bate nesta tecla. “Para madrinha, a noiva deve escolher alguém que realmente tenha algum significado, algum sentido na história do casal”, diz.
Com parcimônia
Por outro lado, se uma madrinha que não sabe nem qual a cor favorita da noiva é ruim, outra que se envolve em todos os detalhes do casamento pode ser ainda pior. Segundo Mari Dedivitis, a proatividade deve ter um limite. “O problema surge quando a madrinha pensa que o casamento é dela e começa a escolher as coisas pensando nela, e não na noiva”, exemplifica.
Na opinião de Fernanda Floret, a prestatividade da madrinha começa a atrapalhar quando ela opina e julga demais os sonhos das noivas. Ou seja, se a noiva sonha em usar um vestido de renda e o modelo lhe cai bem, não adianta nada falar mal do vestido só porque a madrinha não gosta do estilo. “A madrinha precisa ter clareza de que o casamento é da noiva e não dela”, resume Mari.
Quando a assessora de casamentos Ana Paula Neres descobriu que Fernanda, sua melhor amiga, adoraria fazer um dia da noiva, mas não poderia pagar por ele, pensou em seu dever como madrinha. Ela e Marcela, também amiga e madrinha, decidiram bancar o serviço para Fernanda. A surpresa foi gravada em vídeo. “Ela só chorava e dizia: ‘vocês gastaram muito dinheiro’. Afinal, o preço ela sabia, não tinha como esconder isso”, lembra Ana.
“A Fernanda se casou no dia do aniversário da mãe. E queria ficar com a família no dia da noiva”, conta Ana. Não só a noiva como as duas madrinhas fizeram a maquiagem e os penteados no mesmo local. “E a maquiagem e o cabelo ficaram em pé até o final”, acrescenta Ana.
A lealdade das madrinhas à noiva ainda foi testada uma última vez. Pouco antes de entrarem no carro rumo à cerimônia, Ana Paula e Marcela tiveram problemas com seus vestidos. Depois de muito estresse para resolvê-los, ambas estavam irritadas. Mas, pela noiva, decidiram encarar a noite como estavam e deixar para lá. “Quando chegamos no carro, olhamos uma para a cara da outra e pensamos ‘hoje é o dia da Fê, não podemos ficar assim’. E o casamento foi incrível, nos divertimos muito”, diz Ana. No fim, a madrinha até pegou o buquê.
Embora não seja tão comum no Brasil, o modelo das madrinhas amigas é interessante. Mari destaca que não ter vínculo real com as madrinhas é complicado. Afinal, só uma amiga próxima de verdade sabe quais são os gostos da noiva. “No casamento americano as madrinhas são, de fato, as melhores amigas, amigas de infância ou irmãs da noiva. Aqui é muito comum você ver uma esposa de amigo que vira madrinha ‘no pacote’”, diz.
Conexão com Londres
A estilista de noivas Fafi Vasconcellos foi madrinha de sua melhor amiga, Carol, há dois anos. Na época, a noiva morava em Londres, mas se casaria no Brasil. “Como ela já tinha casa montada na Inglaterra, minha primeira ideia foi montar um chá de lingerie surpresa. Só avisamos quando ela estava chegando aqui”, conta Fafi.
E assim foi. A estilista organizou o evento com as amigas mais próximas da noiva, que se espantou mas gostou muito do resultado. “Hoje em dia, com todas as amigas trabalhando muito, fica cada vez mais difícil reunir todas para eventos ‘luluzinha’. Uma comemoração como essa é ótima para conseguir juntar todas”, comenta.
Para Fafi, o chá de lingerie não servia só para agradar a noiva, mas também para ajudar na nova vida a dois. Segundo Mari, este tipo de relação da madrinha com o casal de noivos é essencial. “Dá uma energia muito grande quando os padrinhos conhecem o casal”, comenta. Fernanda Floret também bate nesta tecla. “Para madrinha, a noiva deve escolher alguém que realmente tenha algum significado, algum sentido na história do casal”, diz.
Com parcimônia
Por outro lado, se uma madrinha que não sabe nem qual a cor favorita da noiva é ruim, outra que se envolve em todos os detalhes do casamento pode ser ainda pior. Segundo Mari Dedivitis, a proatividade deve ter um limite. “O problema surge quando a madrinha pensa que o casamento é dela e começa a escolher as coisas pensando nela, e não na noiva”, exemplifica.
Na opinião de Fernanda Floret, a prestatividade da madrinha começa a atrapalhar quando ela opina e julga demais os sonhos das noivas. Ou seja, se a noiva sonha em usar um vestido de renda e o modelo lhe cai bem, não adianta nada falar mal do vestido só porque a madrinha não gosta do estilo. “A madrinha precisa ter clareza de que o casamento é da noiva e não dela”, resume Mari.
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