Do Mineirão antes da reforma à primeira praia visitada: fotografar em locais importantes para o casal rende lembranças que vão além do álbum de casamento
“Queríamos o Mineirão mesmo. E tinha que ser antes da reforma para a Copa do Mundo. Não podia ser em outro lugar”. Assim a servidora pública Silvia Junqueira Ranieri, 34, explica a decisão de fazer um ensaio fotográfico pré-casamento em um estádio – o principal de Minas Gerais, onde o casal se conheceu durante o derby Atlético Mineiro, time da noiva, contra o Cruzeiro, time do noivo.
“O estádio é lindo e tem a ver com a gente. Um dos motivos do meu marido ter se interessado por mim foi justamente o meu gosto pelo futebol”, diverte-se Silvia. O ensaio em local tão familiar deixou o casal à vontade. Para a noiva, fazer uma sessão que tem a ver com a história do casal também pode trazer benefícios. “Essa sessão de fotos é mais do que uma lembrança no álbum, ela pode unir ainda mais os noivos em torno de algo que os dois têm em comum.” (Veja mais fotos do ensaio em galeria ao final na página).
Para o fotógrafo Ricardo Jayme, fotografar em locais deste tipo são uma atualização do antigo costume de posar nas ruas das grandes cidades ou nas praças do interior. “Era comum fotografar na praça, mas de um tempo para cá o mercado se atualizou. Houve, então, uma tentativa de colocar os noivos em contextos reais e importantes para o casal.”
Na mineradora
Inusitado para alguns, fotografar dentro de uma mineradora fez muito sentido para a advogada Lívia Mascarenhas Curi Azevedo, 26. Ela e o marido escolheram o local por fazer parte da história construída ao longo de nove anos de namoro.
“Sempre fomos muito na mineradora, que é o local de trabalho do Gustavo, meu marido. Temos muitas lembranças. Era lá, por exemplo, que ele me levava quando tirei a carteira de habilitação e precisa praticar”, lembra Lívia. Ela conta que a familiaridade com o local fez com que o casal também pudesse guiar o fotógrafo e mostrar os pontos mais interessantes. “A gente não fez nada arriscado. Visitamos e fotografamos nos locais seguros. Foi tudo muito bom para nós dois.”
Responsável pelas fotos na mineradora, Vinícius Matos diz que o desafio torna o registro mais prazeroso. “Já fotografei em mineradora, estádio de futebol, mercado popular, ruas, praias, cidades históricas, escola de dança e muitos outros lugares. Esse tipo de registro, antes ou logo depois do casamento, é cada vez mais comum.”
Para o fotógrafo Kaká Rodrigues, o grande desafio é conseguir captar a personalidade dos noivos. “Nessas sessões de fotos trabalhamos com o conceito de retrato para extrair ao máximo a personalidade de cada um. A proposta é que eles se divirtam e se emocionem em cada momento.”
A primeira viagem
Nem mesmo o fato de mostrar o vestido de noiva para o noivo antes do casamento impediu a professora Denise Almeida Prado, 34, de fazer um ensaio em um dos locais preferidos do casal, o Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul
“A gente fez tudo trocado. Casamos no civil em agosto do ano passado, viajamos de lua de mel em setembro, fizemos as fotos em outubro e casamos em novembro. Nas fotos estou de vestido de noiva, mas isso não teve importância. Essa experiência foi muito importante para nós dois”, conta Denise.
Além de importante, a sessão de fotos em um local conhecido funcionou como um treinamento para o noivo poder se descontrair mais em frente às câmeras. “Ele é meio sério e estávamos em um ambiente que conhecemos bem. Algumas fotos nem são posadas. Estávamos curtindo mesmo.”
Pulo no píer
Para a administradora de empresas Paula Almeida, 31, o local mais adequado para mostrar o jeito de ser dela e do marido é a praia. “A nossa ideia era ter uma recordação de algo que tinha a ver com a gente acima de tudo”, conta. O objetivo principal era passear pelos pontos mais visitados pelo casal em Ilhabela, praia que frequentam desde o início do namoro.
“A praia da Feiticeira, o píer e a casa do Rafael eram os cenários ideais. Quando estamos em lugares com os quais temos muita afinidade, acabamos até esquecendo que tem gente em volta fotografando. Fica tudo muito bonito e natural porque aquilo ali é o casal mesmo.”
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