domingo, 18 de novembro de 2012

Ataque aéreo de Israel mata 10 civis, incluindo 4 crianças e 4 mulheres


Equipes de resgate retiraram os corpos das crianças dos escombros, incluindo um bebê, enquanto sobreviventes e pessoas que passavam pelo local gritavam em desespero

Ao menos dez civis, incluindo mulheres e crianças, foram mortos neste domingo em um ataque aéreo de Israel na Cidade de Gaza, disseram fontes médicas palestinas. O bombardeio causou o colapso do prédio de dois andares da família Daloo. De acordo com o funcionário de saúde Ashraf al-Kidra, quatro mulheres e quatro crianças pequenas estão entre os mortos.
AP
Equipes de resgate carregam corpo de criança da família Daloo retirado de casa destruída por ataque aéreo de Israel na Cidade de Gaza (18/11)

Equipes de resgate retiraram os corpos das crianças dos escombros, incluindo um bebê, enquanto sobreviventes e pessoas que passavam pelo local gritavam em desespero. Mais tarde, as quatro crianças foram postas no necrotério do Hospital Shifa de Gaza. Ainda não está claro qual era o alvo do ataque aéreo.
De acordo com Al-Kidra, o ataque elevou para 66 o número de palestinos mortos na ofensiva de Gaza desde quarta, incluindo 32 civis. Além das mortes entre os palestinos, três israelenses perderam a vida por foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza na quinta-feira.
"Estamos pagando um alto preço por causa do Hamas e das organizações terroristas", disse Netanyahu no conselho de ministros. "O Exército está preparado para ampliar a operação significativamente." O Egito, que tenta mediar um potencial cessar-fogo, tem esperanças de que uma trégua possa ser alcançada.A campanha de Israel contra os militantes do Hamas em Gaza chegou a seu quinto dia neste domingo, com o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu advertindo que as forças do país estão prontas para expandir suas operações- numa indicação de uma possível invasão por terra.
A rede de televisão russa Russia Today informou que seus escritórios em Gaza foram destruídos após um ataque da aviação israelense contra dois centros de imprensa na Cidade de Gaza , no qual ficaram feridos ao menos oito jornalistas, um dos quais perdeu uma perna.
Declarações de Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste domingo apoiar totalmente o direito de defesa de Israel, mas advertiu que intensificar a ofensiva militar com tropas terrestres israelenses dentro da Faixa de Gaza poderia aumentar o número de mortos e minar qualquer esperança de um processo de paz com os palestinos.
Palestino beija a mão e parente morto em necrotério do Hospital Shifa, na Cidade de Gaza (18/11). Foto: AP
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"Não há nenhum país no mundo que toleraria foguetes lançados contra seus cidadãos do lado de fora de suas fronteiras", disse Obama. "Apoiamos totalmente o direito de Israel de se defender. É preferível que isso possa ser feito sem escalar a atividade militar em Gaza", afirmou. "Não é preferível apenas para a população de Gaza. É também para os israelenses, porque, se tropas do país estiverem em Gaza, haverá um risco maior de baixas ou de elas serem feridas."
Em uma coletiva na Tailândia , durante visita de três dias iniciada neste domingo ao sudeste da Ásia, Obama disse que os palestinos não terão a chance de buscar seu próprio Estado e uma paz duradoura com Israel enquanto mantiveram o lançamento de foguetes a partir da Faixa de Gaza. O líder americano afirmou esperar um processo mais claro para o fim das hostilidades nas próximas 48 horas.

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