Nesta quarta, Senado rejeitou nome indicado por Dilma para a ANTT.
Ministro disse que situação 'requer que não se tenha cabeça quente'.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (8) que a relação entre o governo e a base aliada vive um "momento tenso", mas que o convívio com os partidos é "suficientemente maduro para não sair rasgando as roupas de preocupação".
Carvalho comentou a rebelião da base aliada nesta quarta (7), quando o plenário do Senado rejeitou nome indicado pela presidente Dilma Rousseff para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
"A relação com a base, a relação com parlamento, requer que não se tenha cabeça quente, que não se tenha reações imediatas, que se analise com muito cuidado cada um dos processos. As nossas relações com partidos são relações duráveis que passam por momentos tensos e por momentos mais calmos", disse o ministro após palestra sobre a inserção de povos indígenas no trabalho, realizada na Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília.
Perguntado sobre se o momento atual era tenso, por conta da derrota na quarta, ele respondeu: "Esse é um momento tenso, mas nós vamos dialogar, conversar e nos entender. Então, não é hora de nenhuma declaração precipitada. É hora de entender que a democracia implica vitória e derrota. E vamos avançando. Considerando que nossa relação com partidos é suficientemente madura não é hora de sair rasgando roupas de precupação. Vamos conversar e vamos recompor essa relação."
Na quarta, o plenário do Senado rejeitou a recondução ao cargo do ex-diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, por 36 votos contrários à recondução, 31 a favor e uma abstenção. De acordo com a assessoria de imprensa da ANTT, o mandato de Bernardo Figueiredo terminou em 17 de fevereiro. Ele estava no cargo desde julho de 2008, após indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, quem está no comando da ANTT é o diretor interino Ivo Borges.
Nesta quinta, Bernardo Figueiredo disse ao G1 que foi vítima de “calúnia e de jogo político". Durante as discussões que levaram à rejeição do nome de Bernardo Figueiredo, os senadores citaram relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou "falhas" na atuação da ANTT.
A ANTT é a agência reguladora responsável por acompanhar a prestação de serviços no transporte ferroviário e na infraestrutura rodoviária. Também cuida do transporte rodoviário de passageiros de de cargas.
saiba mais 'Insatisfação'
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou após a votação que o resultado foi fruto da "insatisfação" da base aliada. Segundo ele, já havia previsão de que a votação seria apertada.
"Foi uma posição política de pessoas não satisfeitas. Tem insatisfação em todos os partidos. [...] Temos que entender o recado e levar ao governo. Temos que aprofundar as relações políticas e acabar com os problemas", declarou.
Indagado se a insatisfação era culpa da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pela articulação política com o Congresso, Jucá respondeu: "Tem que chegar mais perto. Quem atua pelo governo é a Ideli. Mas o governo tem que chegar mais junto. A culpa não é da Ideli. O governo é que tem que chegar mais junto", declarou.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também afirmou que a derrota se deveu a "problemas na base aliada". "O que não teve aqui foi discussão de ANTT. O governo foi derrotado pela base aliada, o PMDB, centralizadamente", disse.
Durante as discussões que levaram à rejeição do nome de Bernardo Figueiredo, os senadores citaram relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou "falhas" na atuação da ANTT.
Documento divulgado no site do TCU na tarde desta quarta aponta "existência de graves fragilidades [...] no controle e na supervisão dos investimentos no setor ferroviário nacional". Conforme a auditoria, o controle sobre a aquisição de material é "precário".
Carvalho comentou a rebelião da base aliada nesta quarta (7), quando o plenário do Senado rejeitou nome indicado pela presidente Dilma Rousseff para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
"A relação com a base, a relação com parlamento, requer que não se tenha cabeça quente, que não se tenha reações imediatas, que se analise com muito cuidado cada um dos processos. As nossas relações com partidos são relações duráveis que passam por momentos tensos e por momentos mais calmos", disse o ministro após palestra sobre a inserção de povos indígenas no trabalho, realizada na Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília.
Perguntado sobre se o momento atual era tenso, por conta da derrota na quarta, ele respondeu: "Esse é um momento tenso, mas nós vamos dialogar, conversar e nos entender. Então, não é hora de nenhuma declaração precipitada. É hora de entender que a democracia implica vitória e derrota. E vamos avançando. Considerando que nossa relação com partidos é suficientemente madura não é hora de sair rasgando roupas de precupação. Vamos conversar e vamos recompor essa relação."
Na quarta, o plenário do Senado rejeitou a recondução ao cargo do ex-diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, por 36 votos contrários à recondução, 31 a favor e uma abstenção. De acordo com a assessoria de imprensa da ANTT, o mandato de Bernardo Figueiredo terminou em 17 de fevereiro. Ele estava no cargo desde julho de 2008, após indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, quem está no comando da ANTT é o diretor interino Ivo Borges.
Nesta quinta, Bernardo Figueiredo disse ao G1 que foi vítima de “calúnia e de jogo político". Durante as discussões que levaram à rejeição do nome de Bernardo Figueiredo, os senadores citaram relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou "falhas" na atuação da ANTT.
A ANTT é a agência reguladora responsável por acompanhar a prestação de serviços no transporte ferroviário e na infraestrutura rodoviária. Também cuida do transporte rodoviário de passageiros de de cargas.
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'Insatisfação'O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou após a votação que o resultado foi fruto da "insatisfação" da base aliada. Segundo ele, já havia previsão de que a votação seria apertada.
"Foi uma posição política de pessoas não satisfeitas. Tem insatisfação em todos os partidos. [...] Temos que entender o recado e levar ao governo. Temos que aprofundar as relações políticas e acabar com os problemas", declarou.
Indagado se a insatisfação era culpa da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pela articulação política com o Congresso, Jucá respondeu: "Tem que chegar mais perto. Quem atua pelo governo é a Ideli. Mas o governo tem que chegar mais junto. A culpa não é da Ideli. O governo é que tem que chegar mais junto", declarou.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também afirmou que a derrota se deveu a "problemas na base aliada". "O que não teve aqui foi discussão de ANTT. O governo foi derrotado pela base aliada, o PMDB, centralizadamente", disse.
Durante as discussões que levaram à rejeição do nome de Bernardo Figueiredo, os senadores citaram relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou "falhas" na atuação da ANTT.
Documento divulgado no site do TCU na tarde desta quarta aponta "existência de graves fragilidades [...] no controle e na supervisão dos investimentos no setor ferroviário nacional". Conforme a auditoria, o controle sobre a aquisição de material é "precário".
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