Criar conexão duradoura com crianças e adolescentes ajuda a formar adultos felizes, seguros e equilibrados. Conseguir isso é mais simples e barato do que muitos imaginam
Manter, ao longo da infância e da
adolescência dos filhos, a ligação mágica que se experimenta no tempo em
que eles são bebês é um dos maiores desejos de mães e pais – ao lado, é
claro, da vontade de que eles se tornem adultos felizes, seguros e
equilibrados. E os dois objetivos se entrelaçam: trabalhar a proximidade
de toda a família é uma das melhores maneiras de ajudar as crianças a
amadurecerem com uma boa saúde emocional.
A criação de uma conexão duradoura exige
carinho, dedicação e planejamento do tempo. “As crianças precisam de
atenção e perceber que, mesmo que a convivência diária seja curta, é de
qualidade”, afirma a psicóloga Valdeniza Sire. “Uma das necessidades
básicas do ser humano é a segurança. Saber-se importante para os pais
leva, automaticamente, à conquista da autoconfiança”, complementa.
Dinheiro não é algo relevante na questão da aproximação
familiar, como explica a coach parental e educacional Daniela Monteiro:
“É importante que os pais parem de se culpar e de dar aos filhos tudo
que eles pedem. Crianças ou adultos, eles nunca terão tudo o que
desejam, todos se frustram em algum momento. Não é preciso dar um
presente a cada ida ao mercado. Atingir o objetivo grandioso de ter
filhos maduros, saudáveis e felizes está nos pequenos atos de cada dia”.
Aí entram atividades como acompanhar de perto
as lições de casa, bolar programas com a participação de todos (fazer
uma receita para o almoço no fim de semana ou montar um quebra-cabeça,
por exemplo) e muita conversa. “O diálogo favorece um melhor desempenho
no convívio social, inclusive. Os filhos ficam satisfeitos em contar o
que lhes acontece, porque sabem que são ouvidos”, diz Valdeniza.
Mas atenção: dialogar não significa tentar um
relacionamento de igualdade. “Não se deve abrir mão dos limites”, alerta
Maria Ângela Barbato Carneiro, professora titular da Faculdade de
Educação da PUC-SP. “É necessário mostrar a importância desses limites
para uma convivência harmônica. As crianças compreendem isso desde
pequenas, embora os testem. Cabe aos pais dizer ‘não’ e cumprir com a
palavra”.
Inspire-se, na galeria acima, com 26 atitudes simples que
aproximam pais e filhos na infância e na adolescência. Todos sairão
ganhando. “Que nesse caminhar na tarefa de pais, os adultos tenham a
disposição de se redescobrir através dos filhos. É possível aprender
muito sobre si ao longo do desenvolvimento das crianças”, enfatiza
Valdeniza.
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