Uniões depois do divórcio aumentaram no Brasil e psicólogos opinam sobre o sucesso desses relacionamentos
Casais sobem ao altar esperando que o amor e o casamento sejam eternos. Se a intenção é das melhores, nem sempre o “felizes para sempre” acontece – ou pelo menos não com aquele parceiro. Depois do divórcio, muitas pessoas dão uma segunda chance ao casamento em um próximo relacionamento. No Brasil esse tipo de matrimônio está mais popular: as uniões em que um dos cônjuges é divorciado ou viúvo passaram de 10,6%, em 1999, para 17,6%, em 2009, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a terapeuta de casais Marina Vasconcellos, o segundo casamento tem mais chance de dar certo principalmente em função da maturidade dos cônjuges. “As pessoas estão mais certas do que querem, sabem a sua parcela de responsabilidade no relacionamento”, diz.
Expectativas mais realistas também são importantes para o sucesso do novo matrimônio. “As pessoas já sabem que casamento não é fácil, que é preciso aguentar o humor do outro, lidar com dinheiro”, explica a especialista.
O psicólogo Alexandre Bez também vê vantagens em um segundo casamento. “Quem entra nessa é pra dar certo, e tenta suprir deficiências da primeira relação”, aponta. Para ele, além de tentar não repetir erros anteriores, as pessoas que já estiveram em um relacionamento sério antes são, em geral, mais maduras e atentas aos próprios comportamentos.
A revisão das próprias atitudes pode ser estimulada pela dor da primeira separação. “O divórcio faz as pessoas reverem suas características emocionais e passos que não deram certo”, explica Alexandre. Mas nem todo mundo chega melhor na próxima união. “Tem gente casa quatro vezes e comete os mesmo erros. Aí não dá”, aponta Marina.
Os especialistas lembram que para o segundo, terceiro ou outro casamento funcionar é essencial que os parceiros estejam fortes e equilibrados para encarar um novo romance. “Não é tapa buraco”, alerta a terapeuta. Ficar um tempo sozinho e olhar para si mesmo é a recomendação principal antes de encarar o altar novamente. Além disso, é recomendável que o casal tenha planos e objetivos em comum e saiba acolher bem os eventuais filhos de uma união anterior. E Alexandre deixa o recado: “Príncipe e princesa só existe na Disney”.
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