sexta-feira, 21 de junho de 2013

MPL encerra protestos, reforça origem de esquerda e diz que não é antipartidário

Em nota, Passe Livre diz que "presenciou episódios lamentáveis" na noite de quinta

Com a diversificação da pauta de reivindicações, o Movimento Passe Livre publicou nota em que reforça que não convocará mais protestos e reforça sua posição ideológica de esquerda. Embora o texto apoie a luta por outras reivindicações, repudia violência.
Leia a íntegra:
O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos. 
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto. 
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos. 
Toda força para quem luta por uma vida sem catracas.

Um dos membros do Passe Livre que participa na manhã desta sexta-feira de um debate sobre o rumo das manifestações no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), Jorge, acrescentou que os atos agora tem caráter de direita: "Eu raquiei o IEA no primeiro dia e a direita raqueou o movimento. Saiu do controle, saiu de qualquer possibilidade de controle. Desde o dia seguinte ao protesto com maior violência policial já senti a diferença. A gente foi apoiado pela direita, pela mídia e eu parei de ir para a rua. E agora a gente tem que controlar o monstro que a gente pôs na rua."

Ronaldo também foi alvo de protesto: "Gol contra". Foto: Carol Martins

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