quarta-feira, 19 de junho de 2013

Dons do Espírito Santo: Profecia


Não que haja algo errado com este dom, mas é preciso atenção à forma pela qual ele é acreditado, a maneira totalmente antibíblica como é ensinado



Esta tem sido infelizmente a porta principal de acesso dos demônios dentro de algumas igrejas, porque estas se aproximam dos dons do Espírito Santo, e mais especialmente do dom de profecia. Não que haja algo errado com este dom, mas é a forma pela qual ele é acreditado, a maneira totalmente antibíblica como é ensinado. Este dom tem sido o de maior controvérsia entre o povo que o utiliza, especialmente entre aqueles que, deixando de lado o Espírito da Palavra de Deus, têm se apegado à letra, da forma como ela é apresentada.

Muitos alegam a palavra de Paulo aos Coríntios, que diz: “Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.” (1 Coríntios 14.1).

Esquecendo-se de procurar com zelo os “dons espirituais”, querem logo servir como profetas. As mulheres geralmente são as mais “usadas” como profetas. Não é o pastor, o evangelista, o presbítero, não! Sempre são as mulheres. E por quê? Será isto uma casualidade? Não sou contra o trabalho feminino dentro da Igreja do Senhor. Pelo contrário, vejo no serviço delas algo de suprema importância. Não fosse o auxílio das obreiras na Igreja Universal, esta jamais existiria.

Entretanto, entre o sexo masculino e o feminino, o feminino é mais maleável e susceptível de dar crédito ao diabo, haja vista a própria história bíblica: foi Eva quem deu ouvidos ao diabo e acabou por induzir Adão ao pecado; foi Sara quem instigou Abraão a possuir a empregada Hagar, para que lhe desse um filho, e daí nasceram as duas grandes nações do Oriente, que brigam até hoje: Israel e a Liga Árabe; foi Dalila quem fez Sansão cair em erro diante de Deus; foi Bate-Seba quem levou o rei Davi a cair em pecado, foi Jezabel quem induziu o rei Acabe a prostituir o povo de Israel contra Deus.
Então, podemos constatar que assim como o diabo encontrou receptividade nas mulheres do passado, também encontra o mesmo nas mulheres do presente, e em especial naquelas que se deixam levar pelas emoções da vaidade.

Em algumas igrejas, geralmente quando a mulher não encontra carinho e apoio por parte do marido e se sente solitária mesmo dentro da igreja, o diabo logo se apresenta de forma sutil e oferece um “dom”, dizendo-lhe que a fará muito conhecida e respeitada por todos, tendo mais autoridade que o pastor na igreja. Daí, em uma reunião de oração ou vigília, ela levanta a voz num tom diferente e inicia a sua jornada de profecias. O pastor, que não tem muito conhecimento do assunto, acaba por aceitar “aquelas profecias” como se fossem de Deus. 

A profecia de que trata este dom, não tem nada de adivinhação do futuro, como vulgarmente se costuma ver. Porém, trata-se de uma palavra inspirada e dirigida pelo Espírito de Deus com um objetivo específico, conforme o próprio apóstolo Paulo adverte: “Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja.” 1 Coríntios 14.3,4
Quando a profecia traz dúvidas e confusões como é o normal em certas congregações, que proveito há nisto, senão em destruir aquilo que já foi construido com tanto sacrifício?

Realmente, o ministério de profecia ou dos profetas foi muito usado outrora na constituição da nação de Israel. Naquela oportunidade, Deus se manifestava ao Seu povo exclusivamente através dos Seus profetas, que eram ungidos para esta finalidade, conforme está escrito:
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” Hebreus 1.1,2

Daí, era comum, naquela época, consultar-se os profetas para saber o plano de Deus ou a Sua vontade para determinadas coisas. Os reis de Israel costumavam consultar os profetas de suas respectivas épocas, se deveriam ou não fazer guerra contra determinados países.
Quando veio o Senhor Jesus, Deus passou a falar com a humanidade através d’Ele que, por conseguinte, falava de acordo com a Palavra já profetizada pelos Seus profetas. Hoje, entretanto, Deus fala com a humanidade através da Sua Santa Palavra, iluminada pelo Seu Espírito. Então, se analisarmos bem, através da fé, da inteligência e da razão, haveremos de concluir, naturalmente, que Deus não tem necessidade de nos falar pelos profetas como nos tempos de outrora; pois, se além da Sua Palavra, falasse através de profecias, o Seu povo imediatamente iria desprezar a Sua Palavra para então somente ouvir os profetas. Imagine agora, meu leitor amigo, as consequências drásticas que iriam surgir.

Além do mais, toda a cristandade que tem vivido pela “... certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”, ou seja, pela fé, deixaria isto de lado, para começar a moldar a sua vida na certeza de fatos que se veem! O que seria um completo e total absurdo!

Talvez o leitor pense que somos radicalmente contra a profecia ou o dom de profecias, mas isto não é verdade, pois acreditamos neste dom, assim como em profecias. Mas quando ocorre absolutamente calcado na Palavra de Deus; isto é, quando a profecia é proferida de tal forma que não deixa sombra de dúvidas, e por pessoas cujas vidas têm servido como exemplo, não somente dentro, mas fora da igreja, e sobretudo na sua própria casa.

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