Fãs de esmalte vão além da misturinha e criam fórmulas únicas em casa
Base, cores e brilhos misturados a muita criatividade resultam em esmaltes artesanais exclusivos; fãs dos vidrinhos criam fórmulas para uso próprio e também para vende
Esmalte é uma paixão entre as mulheres faz tempo. Marcas consagradas investem em cores, texturas e novos produtos para incrementar o visual das unhas. Mas para algumas mulheres, os lançamentos constantes não são suficientes para aplacar o apetite por novidades. Elas decidiram, então, fazer o próprio esmalte em casa – e, em alguns casos, até vendê-lo. Misturam base, cores e brilhos para chegar a um resultado exclusivo.
Laura Tosetto Longo, estudante de moda, autora do blog "Laura Likes Nail Polish" e colaboradora do "Oh, Fashion", conta que a paixão por esmaltes começou há três anos, quando tinha 16. “Passo muito tempo na internet, então, comecei a cair em sites sobre o assunto. Logo descobri que várias meninas criavam conta no Flickr para postar fotos do esmalte do dia, e eu passava horas olhando”, relembra. Dos momentos de lazer dedicados a pesquisar o produto para investir no seu próprio esmalte, levou algum tempo, mas hoje Laura faz várias misturinhas em casa. “É uma tarefa superfácil e divertida! Sem falar no resultado, que fica sempre do jeito que a gente quer. Sonhava em ter esmaltes com glitters foscos, em preto e branco, e, quando a venda desses materiais se tornou mais popular, não perdi tempo e comprei tudo o que foi necessário para poder produzi-los”, conta.
Esmalte é uma paixão entre as mulheres faz tempo. Marcas consagradas investem em cores, texturas e novos produtos para incrementar o visual das unhas. Mas para algumas mulheres, os lançamentos constantes não são suficientes para aplacar o apetite por novidades. Elas decidiram, então, fazer o próprio esmalte em casa – e, em alguns casos, até vendê-lo. Misturam base, cores e brilhos para chegar a um resultado exclusivo.
Laura Tosetto Longo, estudante de moda, autora do blog "Laura Likes Nail Polish" e colaboradora do "Oh, Fashion", conta que a paixão por esmaltes começou há três anos, quando tinha 16. “Passo muito tempo na internet, então, comecei a cair em sites sobre o assunto. Logo descobri que várias meninas criavam conta no Flickr para postar fotos do esmalte do dia, e eu passava horas olhando”, relembra. Dos momentos de lazer dedicados a pesquisar o produto para investir no seu próprio esmalte, levou algum tempo, mas hoje Laura faz várias misturinhas em casa. “É uma tarefa superfácil e divertida! Sem falar no resultado, que fica sempre do jeito que a gente quer. Sonhava em ter esmaltes com glitters foscos, em preto e branco, e, quando a venda desses materiais se tornou mais popular, não perdi tempo e comprei tudo o que foi necessário para poder produzi-los”, conta.
As misturinhas de Laura levam uma boa base e glitters, que ela adora. Assim, ela passa por cima das cores preferidas também. “Para o esmalte ficar com um ar mais profissional, a base em que você vai colocar os glitters precisa ser de suspensão, que segura e evita que os brilhos desçam para o fundo do vidrinho”, explica. Para quem não conseguir achar a base de suspensão, o conselho da estudante de moda é investir em esmaltes como minibrilhinhos, que também seguram os glitters. “Os meus, pelo menos, são todos feitos com uma base nacional cheia de brilhinhos, que, quando passada na unha, fica quase invisível, não altera em nada o resultado da minha criação.” Outra dica: os glitters precisam ser de PVC, caso contrário, desbotam.
Quem também apostou na própria linha de esmaltes foi Márcia Lima, 27 anos, produtora de moda e dona do blog "The Dark Side of the Color". “Sempre gostei muito, desde pequena me lembro de encher muito a minha mãe para pintar minhas unhas”, diz. A paixão de criança, depois de adulta, a fez sonhar com cores diferentes e começar a criar suas misturas. “Eu imaginava uma cor, procurava e não encontrava exatamente o tom. Então, ia misturar até chegar ao que eu queria. Daí para os esmaltes artesanais foi um pulo. Comecei fazendo uma cor de glitter que eu desejava muito, as amigas gostaram e pediram que eu fizesse em mais unidades, para venda. Foi crescendo, crescendo e precisei me organizar e criar uma marca, uma loja”, fala.
Márcia confessa, porém, que não foi fácil chegar aos resultados que apresenta em sua linha, a Vermelho Acessórios. “Levei muito tempo para descobrir as formas corretas de misturas, as densidades. Não é nada fácil, principalmente quando se tem pouca informação e nenhuma formação química. Muitas tentativas deram errado, mas, com o tempo, descobre-se os materiais que funcionam e os que não funcionam”, fala.
A produtora de moda afirma ainda que, depois de o esmalte ficar pronto, tem o período de testes, de cerca de um mês, para depois comercializar. “Todo o material usado é importado”, garante. A primeira cor de Márcia foi a Techno Green, que ainda hoje é vendida na loja. “Fiz porque buscava um tom igual e não encontrava. Mas muita coisa me inspira: uma música, uma estampa, a natureza, um filme.”
Responsável pelo site Penélope Luz, a empresária Luciana Franco, 38 anos, revela que sempre gostou de misturar esmaltes para encontrar novas cores. “Quando comecei a interagir na internet e publicar fotos das minhas unhas e misturas, muitas meninas gostavam e me pediam para vender. A princípio, eu me negava, mas elas continuaram insistindo, e um grupo de amigas americanas conseguiu me convencer”, recorda-se. Com elas, Luciana chegou aos fornecedores, aprendeu com a experiência e viu os seus esmaltes artesanais darem certo.
A inspiração e produção, segundo a empresária, não seguem um ritual. “Posso comprar um material que achei bonito e deixá-lo um bom tempo guardado, porque não consigo fazer nada com ele. Aí, um dia, vem uma ideia. Nem sempre dá certo, às vezes, crio dez, 12 cores para sair uma que colocarei à venda. Isso faz parte e é o motivo de fazermos tantos testes antes de colocar à venda”, avalia. Luciana ainda lista os cuidados que toma na hora das misturinhas: máscara, quando a quantidade é grande, e um local bem ventilado, seco e confortável.
Daniela Costa e Silva Vianna, 28 anos, que também tem a sua linha de esmaltes artesanais, afirma que os cuidados são essenciais, por isso não dispensa material de qualidade, observar se há peças imperfeitas, se a mistura de glitters vai reagir com a base com o tempo. “Cuidar de tudo como se tivesse fazendo cada vidrinho para a gente ou para quem a gente mais ama. Porque, da mesma forma que sou uma consumidora exigente, quero que cada pessoa que compre um vidrinho ou uma caixinha se sinta realizada ao recebê-los”, fala.
Para Luciana, o bacana dos esmaltes artesanais é a forma cuidadosa como são feitos. “Não são padronizados, são como arte nas unhas. Não são criados visando lucro e metas de mercado, moda ou tendências, são uma forma de expressão, e isso faz toda a diferença no resultado final e na beleza, porque temos liberdade de criar”, opina. Laura destaca o orgulho de usar uma criação sua. “Muita gente já me cutucou no ônibus ou me parou no mercado pra perguntar que esmalte legal era aquele que eu estava usando. É legal receber esse reconhecimento por parte das pessoas por algo que você fez.”
Atenção à saúde
A regularização dos cosméticos produzidos artesanalmente, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é a mesma dos cosméticos industrializados. No site do órgão , sobre cosmésticos artesanais, há um item que diz: “Se tiverem a finalidade de comercialização, deverão seguir as mesmas regras de registro, notificação ou comunicação prévia”. Portanto, é importante entrar em contato para não ter problemas.
A dermatologista Érica Monteiro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chama a atenção para que as meninas interessadas em fazer os seus esmaltes verifique se os componentes são hipoalergênicos, pois alguns ingredientes podem causar irritação e alergia. “Verificar a procedência da matéria-prima, pois alguns fornecedores/fabricantes não têm adequado controle de qualidade, como garantia de origem, ausência de contaminantes, estabilidade da formulação, dentre outros”, explica a médica. “A mistura de diferentes ingredientes pode levar a reações químicas entre eles, o que pode gerar produtos tóxicos ou irritantes”, conclui.
Quem também apostou na própria linha de esmaltes foi Márcia Lima, 27 anos, produtora de moda e dona do blog "The Dark Side of the Color". “Sempre gostei muito, desde pequena me lembro de encher muito a minha mãe para pintar minhas unhas”, diz. A paixão de criança, depois de adulta, a fez sonhar com cores diferentes e começar a criar suas misturas. “Eu imaginava uma cor, procurava e não encontrava exatamente o tom. Então, ia misturar até chegar ao que eu queria. Daí para os esmaltes artesanais foi um pulo. Comecei fazendo uma cor de glitter que eu desejava muito, as amigas gostaram e pediram que eu fizesse em mais unidades, para venda. Foi crescendo, crescendo e precisei me organizar e criar uma marca, uma loja”, fala.
Márcia confessa, porém, que não foi fácil chegar aos resultados que apresenta em sua linha, a Vermelho Acessórios. “Levei muito tempo para descobrir as formas corretas de misturas, as densidades. Não é nada fácil, principalmente quando se tem pouca informação e nenhuma formação química. Muitas tentativas deram errado, mas, com o tempo, descobre-se os materiais que funcionam e os que não funcionam”, fala.
A produtora de moda afirma ainda que, depois de o esmalte ficar pronto, tem o período de testes, de cerca de um mês, para depois comercializar. “Todo o material usado é importado”, garante. A primeira cor de Márcia foi a Techno Green, que ainda hoje é vendida na loja. “Fiz porque buscava um tom igual e não encontrava. Mas muita coisa me inspira: uma música, uma estampa, a natureza, um filme.”
Responsável pelo site Penélope Luz, a empresária Luciana Franco, 38 anos, revela que sempre gostou de misturar esmaltes para encontrar novas cores. “Quando comecei a interagir na internet e publicar fotos das minhas unhas e misturas, muitas meninas gostavam e me pediam para vender. A princípio, eu me negava, mas elas continuaram insistindo, e um grupo de amigas americanas conseguiu me convencer”, recorda-se. Com elas, Luciana chegou aos fornecedores, aprendeu com a experiência e viu os seus esmaltes artesanais darem certo.
A inspiração e produção, segundo a empresária, não seguem um ritual. “Posso comprar um material que achei bonito e deixá-lo um bom tempo guardado, porque não consigo fazer nada com ele. Aí, um dia, vem uma ideia. Nem sempre dá certo, às vezes, crio dez, 12 cores para sair uma que colocarei à venda. Isso faz parte e é o motivo de fazermos tantos testes antes de colocar à venda”, avalia. Luciana ainda lista os cuidados que toma na hora das misturinhas: máscara, quando a quantidade é grande, e um local bem ventilado, seco e confortável.
Daniela Costa e Silva Vianna, 28 anos, que também tem a sua linha de esmaltes artesanais, afirma que os cuidados são essenciais, por isso não dispensa material de qualidade, observar se há peças imperfeitas, se a mistura de glitters vai reagir com a base com o tempo. “Cuidar de tudo como se tivesse fazendo cada vidrinho para a gente ou para quem a gente mais ama. Porque, da mesma forma que sou uma consumidora exigente, quero que cada pessoa que compre um vidrinho ou uma caixinha se sinta realizada ao recebê-los”, fala.
Para Luciana, o bacana dos esmaltes artesanais é a forma cuidadosa como são feitos. “Não são padronizados, são como arte nas unhas. Não são criados visando lucro e metas de mercado, moda ou tendências, são uma forma de expressão, e isso faz toda a diferença no resultado final e na beleza, porque temos liberdade de criar”, opina. Laura destaca o orgulho de usar uma criação sua. “Muita gente já me cutucou no ônibus ou me parou no mercado pra perguntar que esmalte legal era aquele que eu estava usando. É legal receber esse reconhecimento por parte das pessoas por algo que você fez.”
Atenção à saúde
A regularização dos cosméticos produzidos artesanalmente, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é a mesma dos cosméticos industrializados. No site do órgão , sobre cosmésticos artesanais, há um item que diz: “Se tiverem a finalidade de comercialização, deverão seguir as mesmas regras de registro, notificação ou comunicação prévia”. Portanto, é importante entrar em contato para não ter problemas.
A dermatologista Érica Monteiro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), chama a atenção para que as meninas interessadas em fazer os seus esmaltes verifique se os componentes são hipoalergênicos, pois alguns ingredientes podem causar irritação e alergia. “Verificar a procedência da matéria-prima, pois alguns fornecedores/fabricantes não têm adequado controle de qualidade, como garantia de origem, ausência de contaminantes, estabilidade da formulação, dentre outros”, explica a médica. “A mistura de diferentes ingredientes pode levar a reações químicas entre eles, o que pode gerar produtos tóxicos ou irritantes”, conclui.
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