Para não perder status de favorito, Felipão prega “retomada histórica” na Copa das Confederações
Felipão durante entrevista na véspera da estreia na Copa das Confederações
A queda vertiginosa no ranking da Fifa, os tropeços contra grandes rivais e as recentes eliminações em Mundiais fizeram desta Copa das Confederações um torneio-chave para o início de um resgaste na seleção brasileira. Contra o Japão, em Brasília, num estádio novo e moderno, o time de Luiz Felipe Scolari tenta resgatar a partir desde sábado um namoro que ficou morno nos últimos anos.
“Aqui não tem muito respeito. Mas lá fora eles nos respeitam. Vamos fazer por merecer receber esse respeito aqui também”, disse Felipão, em tom provocativo, após pergunta sobre a dúvida cada vez maior sobre o real poder desta seleção. “Aqui vão muito pelo lado negativo, admitimos que ficamos devemos, mas estamos melhorando. Vamos retomar nossa história”.
Três vezes ganhador da Copa das Confederações, o Brasil é o atual bicampeão do torneio. Mesmo assim, as atuações nas edições de 2005 e 2009 nos testes para as duas últimas Copas do Mundo não renderam frutos. Desde 2010, a seleção entrou em decadência e hoje a amarga a sua pior posição no ranking da Fifa na história: 22º lugar.
“Não somos o único favorito, mas somos uma seleção que tem condição entre quatro que já foram campeãs mundiais. Brasil, Itália, Uruguai, Espanha. Somos uma grande equipe, mas há outras que estão disputando. Jogar em casa não altera isso”, disse o técnico.
Estar em casa, em evento Fifa, um ano antes da Copa em casa e com toda uma pressão de crítica e torcida por melhores resultados não assusta o técnico, mas ele e seus jogadores admitem que é hora de mostrar mais.
“Desde o início do trabalho foi a primeira vez que tivemos um tempo para treinar, montar a equipe. Foram duas semanas e isso vai surtir efeito. Precisamos ir além do que fizemos contra Inglaterra e França e começar bem a competição. Vitórias chamam mais vitórias”, disse o capitão Thiago Silva.
O Japão vem ao Brasil não só para buscar uma boa campanha, mas já de olho no que pode fazer em 2014. Única seleção que já está classificada para a Copa por meio de eliminatórias continentais, o time treinado pelo italiano Alberto Zaccheroni tem a pretensão de ser a pedra no sapato de grandes como Brasil e Itália no grupo. O México completa a chave. “Estamos confiantes e cientes que o momento de ir além do que já fizemos está próximo”, disse Zaccheroni.
FICHA TÉCNICA – BRASIL x JAPÃO
DATA : 15 de junho de 2013 (sábado)
HORÁRIO : 16h (de Brasília)
LOCAL : Estádio Mané Garrincha, em Brasília
ÁRBITRO : Pedro Proença (POR)
AUXILIARES : Bertino Miranda e José Trigo (ambos de Portugal)
Prováveis escalações:
BRASIL : Julio Cesar; Daniel Alves; Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Neymar, Hulk e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari
JAPÃO : Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagatomo; Hasebe, Endo, Okazaki e Honda; Kagawa e MaedaTécnico: Alberto Zaccheroni
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