Ator falou que Marília Gabriela, sua ex-mulher, o tornou um homem mais refinado
Reynaldo Gianecchini
participou na manhã desta quinta-feira (26) do programa “Mais Você”, da Globo, apresentado por Ana Maria Braga . O ator estava à vontade e teve um bate-papo descontraído com a apresentadora. Os dois falaram sobre a recuperação de Gianecchini e também sobre a relação com a família, entre outros assuntos.
participou na manhã desta quinta-feira (26) do programa “Mais Você”, da Globo, apresentado por Ana Maria Braga . O ator estava à vontade e teve um bate-papo descontraído com a apresentadora. Os dois falaram sobre a recuperação de Gianecchini e também sobre a relação com a família, entre outros assuntos.
A espiritualidade de Gianecchini, segundo ele, foi um dos fatores
mais importantes para a sua recuperação. “Tive contato com tanta gente
de tantas religiões. Eu sou superaberto, acredito, respeito. Mas cheguei
a uma conclusão: entendi que a religião não é necessariamente a sua
espiritualidade. É inegável que existe uma força maior que criou tudo
isso”, falou. “Eu sabia que ia buscar a minha cura com o amor, com a
troca. O amor é a única coisa que dá um sentido para as coisas. Fui
tratar com o meu espírito, saber como era essa relação com o
misterioso”, completou.
Após nove meses de tratamento, Reynaldo assegura que é uma pessoa
mais evoluída, pois aprendeu a entender o que realmente tem sentido em
sua vida. “Mudei muito, não tem como não repensar as coisas, valorizar o
que precisava. Percebo como o ser humano passou a ser mais especial pra
mim. Olho no olho da pessoa, quero ouvir. Hoje em dia é muito gostoso
eu parar, olhar para a pessoa e ter esse tempo”, explicou.
O ator ainda comentou que, por estar em recuperação, passou a dar
mais significado a pequenas vitórias rotineiras. “Como eu estou
retomando tudo – cada coisa que conquisto, cada exame que está tudo
legal, o corpo voltando para a vida, meu cabelo, a pele - é uma
consciência muito gostosa. Tudo é um grande entendimento. Nada é por
acaso, tudo é um processo. Quando você entende isso, tira um peso”,
falou ele para Ana Maria.
Com isso, Reynaldo acredita que passou a viver com mais intensidade o
presente momento, já que se deparou com a morte, apesar de sempre ter
certeza de que superaria a doença. “Quando a gente se confronta com a
morte é muito difícil. Um dia isso vai acontecer e eu falava que eu não
queria morrer. Mas a gente tem que saber que o presente tem que ser
vivido muito intensamente. Veio uma força, encarei de cara que seria um
desafio passar por tudo isso”.
Ainda falando sobre sua cura, Ana Maria – que também já passou por
quimioterapia para superar o câncer – perguntou se Reynaldo passava por
momentos de fraqueza, pois ela contou que sofreu muito com o tratamento e
tinha dias que chorava debaixo do chuveiro. “Foi uma bênção, porque
tudo o que passei me fez um homem melhor. Tive essa certeza lá atrás,
mas não é mérito meu, porque foi uma força que veio. Eu não tive esses
momentos [de chorar debaixo do chuveiro]
”, falou.
Confira mais trechos da entrevista ao “Mais Você”:
Relação com Marília Gabriela, sua ex-mulher:
“A Marília é uma grande mulher na minha vida, um grande amor. O fato
de eu não estar casado com ela quer dizer que o amor só mudou, mas está
lá”.
“Essa doença me trouxe a importância de colocar as pessoas em seus
devidos lugares. A Marília tem tantas qualidades. Ela me fez um homem
mais refinado, porque eu era um caipirão do interior. Ela é tão
refinada, de postura elegante. Mas ensinou muita coisa também de com o é
legal batalhar, sempre foi um grande exemplo pra mim. Você quer algo
tem que ir atrás”.
Casamento:
“Eu tinha muito medo dessa palavra casamento, demorei um pouco para
assumir o peso de estar casado. Eu tinha muito medo de casar, porque eu
era muito jovem, mas quando eu vi já estava casado. Ficamos por nove
anos e acredito que deu muito certo. Foram nove anos inteiros, vividos
lindamente”.
Ligação com o interior:
“Minha família é toda do interior, nasci em Birigui. No interior as
pessoas são menos armadas, mais puras, nem sei se é esse o termo certo.
Eles têm uma coisa no olho, uma coisa mais simples”.
“Volto muito menos do que queria, é muito difícil eu ir porque trabalho muito, mas meus pais sempre vêm me ver”.
Doença do pai, Reynaldo Gianecchini, que morreu de câncer:
“Eu fiquei sabendo em janeiro e ele morreu em outubro. Ele tinha um
câncer de pâncreas e os prognósticos era difíceis. Foram meses que eu
larguei tudo, fiz um resgate da família e fui lá falar com ele. O amor
nunca faltou, mas a presença física fica difícil”.
“Não sinto que perdi ele, sinto que ele está aqui do meu lado toda
hora. Foi muito bom saber que o amor estava presente. Ele sempre está
comigo”.
“Já estou comendo de tudo, depois que fiz o transplante não tinha
mais apetite. Agora estou voltando a comer tudo. Tenho uma preocupação
enorme, procuro coisas nutrientes, menos industrializadas “.
Trabalho:
“Nunca achei que poderia trabalhar com o humor, porque não sou um
cara muito engraçado. Mas foi uma coisa que eu descobri e gostei”.
Novela “Guerra dos Sexos”:
“É um grande desafio fazer um remake. O Mário Gomes era um galã e
tinha essa coisa do humor, ele era todo atrapalhado. Lembro de quando
assistia lá de Birigui. É difícil você substituir, mas estou curioso
para ver esses meus colegas. É legal fazer uma leitura, porque não vou
poder copiar o Mário, assim como o Tony não vai copiar o Paulo Autran”.
Cabelo:
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