Jornal Nacional mostrou que troca em tubos pode ter causado 13 mortes.
Polícia Civil está investigando a denúncia a pedido do governador Agnelo.
O secretário de Saúde do Distrito Federal, Rafael Barbosa, disse nesta sexta-feira (13) que quatro pessoas morreram depois de ocupar o leito 19 da UTI do hospital de Santa Maria. Reportagem do Jornal Nacional desta quinta-feira (12) mostrou que 13 pacientes que ocuparam o leito da UTI podem ter morrido devido à inversão da tubulação de oxigênio e gás comprimido.
Segundo o secretário, os quatro óbitos registrados pela secretaria foram de pacientes em estado grave e por diversas causas, mas nenhuma por problemas relacionados à troca de gases.
O médico Marcelo Maia, responsável técnico da empresa que administra a UTI do Hospital Santa Maria, disse que os quatro pacientes que morreram tinham média de idade de 70 anos e ficaram na unidade de tratamento intensivo por 14 dias.
“Ao ser detectado o problema nesse leito devido à oferta de oxigênio pela máquina, a gente interditou esse leito e ele permanece interditado.”
O médico Marcelo Maia, responsável técnico da empresa que administra a UTI do Hospital Santa Maria, disse que os quatro pacientes que morreram tinham média de idade de 70 anos e ficaram na unidade de tratamento intensivo por 14 dias.
“Ao ser detectado o problema nesse leito devido à oferta de oxigênio pela máquina, a gente interditou esse leito e ele permanece interditado.”
Barbosa informou que a UTI de Santa Maria é a maior da rede pública do Distrito Federal. Segundo o secretário, o hospital de Santa Maria “funciona dentro das normas técnicas e dos padrões da Anvisa”, afirmou.
De acordo com o secretário, o diretor administrativo do hospital, Ivan Rodrigues, autor da denúncia, não era servidor de carreira da secretaria e responde a vários processos administrativos. Barbosa não informou que processos são esses. O diretor assumiu o cargo em janeiro e foi exonerado um dia antes da denúncia.
O secretário-adjunto de Saúde, Elias Miziara, informou que ficou sabendo do problema na tubulação em janeiro, durante uma reunião com a coordenadora médica do hospital e que o diretor administrativo estava presente.
“Nesse encontro não foi relatado nenhum óbito de pacientes. Depois eles ligaram para dizer que dos 13 pacientes que passaram pelo leito, quatro tiveram mortes dentro do padrão”.
“Nesse encontro não foi relatado nenhum óbito de pacientes. Depois eles ligaram para dizer que dos 13 pacientes que passaram pelo leito, quatro tiveram mortes dentro do padrão”.
Investigação
Pela manhã, durante visita ao Hospital de Base, o governador Agnelo Queiroz disse que solicitou à Polícia Civil uma investigação para apurar as denúncias sobre as mortes de pacientes.
“Vamos fazer investigação [para ver se] teve erro na instalação dos tubos de oxigênio, porque o responsável pela área não detectou isso e as implicações [ do suposto erro], caso tenha prejudicado algum paciente. Vamos cobrar responsabilidade rigorosa em toda escala, todos os responsáveis por esse episódio."
Pela manhã, durante visita ao Hospital de Base, o governador Agnelo Queiroz disse que solicitou à Polícia Civil uma investigação para apurar as denúncias sobre as mortes de pacientes.
“Vamos fazer investigação [para ver se] teve erro na instalação dos tubos de oxigênio, porque o responsável pela área não detectou isso e as implicações [ do suposto erro], caso tenha prejudicado algum paciente. Vamos cobrar responsabilidade rigorosa em toda escala, todos os responsáveis por esse episódio."
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal divulgou nesta sexta que vai abrir sindicância para também investigar e apurar as causas das mortes no Hospital de Santa Maria.
O vice-presidente do CRM-DF, Dimitri Gabriel Homar, informou que não será preciso receber uma denúncia para abrir a investigação. "Vamos abrir a sindicância baseado nos fatos apresentados pela imprensa. Vamos ouvir as pessoas envolvidas para apurar o que aconteceu de fato".
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