quinta-feira, 6 de junho de 2013

Transforme-se num detector de mentiras

Livro desvenda os truques de detetive para reconhecer mentirosos


Há diferentes níveis de mentira e de mentirosos
Para detectar uma mentira é preciso entender o comportamento padrão da pessoa, prestar atenção no que ela diz, prestar atenção nos pequenos movimentos do rosto, que são as microexpressões faciais, do corpo e nas variações do tom da voz. Nosso cérebro não aceita a negação. 
No entanto, nem sempre a mentira é um ato reprovável. Mentir faz parte do nosso repertório de sobrevivência, é instinto de preservação. Sem ela a sociedade entraria em colapso. Mentimos não porque temos problemas em dizer a verdade. Em muitos casos, é provável que mintamos para atenuar o impacto que a verdade teria. Ou seja, mentimos de forma a evitar magoar pessoas com quem nos importamos, ou para evitar situações embaraçosas, constrangedoras.
Mentiras sociais também têm uma função importante, tornam a convivência diária mais amena. Quantas vezes concordamos com alguém para evitar o debate ou incentivamos uma pessoa querida a vencer um grande problema mesmo sabendo que a chance é ínfima?
Há milhares de razões para mentirmos. Mas, frequentemente, somos movidos pela a vergonha ou pelo orgulho. No ambiente de trabalho também há muita mentira. Quem comete um crime também vai mentir. A mentira é a principal sustentação do criminoso.
A mentira maldosa, mal-intencionada, dita com o intuito de manipular, de forma ilegal, imoral e inconsequente, essa é condenável e pode desencadear fatos funestos. Quem mente com essa intenção corre o risco ser descoberto e receber punição. O cérebro entende esse risco como uma ameaça à vida. Entre mentir nessas condições e dar de cara com um animal pronto para nos atacar dá exatamente no mesmo. O corpo reage à ameaça com aumento do batimento cardíaco, aumento da pressão arterial, aumento da quantidade de suor, dilatação das pupilas.
E existem, ainda, os mitômanos, pessoas que sofrem de um distúrbio de personalidade cujo sintoma é a tendência compulsiva a mentir. Segundo psicólogos, indivíduos mitômanos nunca admitem que mentem, embora saibam perfeitamente que o fizeram. Além disso, ser flagrado mentindo não irá causar qualquer embaraço a um portador da síndrome da mentira compulsiva. Por outro lado, como vivem mentindo, os mitômanos acabam por acreditar que são reais as mentiras que contam. Não se trata de falha de caráter ou de formação moral, mas de uma doença, que requer tratamento psicológico e psiquiátrico.
Dicas para reconhecer um mentiroso
- O mentiroso busca sempre ser o mais convincente possível – suas histórias são cheias de detalhes.
- Pessoas insatisfeitas com suas vidas tendem a mentir mais
- Pessoas bonitas tendem a mentir melhor
- Vozes bonitas convencem mais facilmente – mesmo quando mentem
- Quem mente mal mente menos
-Lábios: morder ou lamber os lábios pode ser um forte indício de mentira.
-Voz: quem mente fica com as cordas vocais mais esticadas que o normal. Isso deixa a voz mais fina e fraca. Para compensar, a pessoa tenta falar mais alto.
-Olhar: o mentiroso desvia o olhar enquanto conta a sua mentira e depois passa a olhar atentamente, querendo observar se conseguiu enganar.
-Secura: em função de uma reação da adrenalina, o mentiroso fica com a garganta e boca secas, sendo comum se engasgar ou engolir seco.
-Encobrir parcialmente a boca: traduz uma vontade de amordaçar-se. Tende a ser um gesto rápido porque exprime um conflito: uma parte do mentiroso não quer calar-se e sim continuar com a sua mentira.
-Tocar o nariz: em momentos de tensão a sensibilidade da mucosa nasal aumenta. Assim, ao mentir, o nariz coça, embora possa ser uma
-Ombro: erguer levemente um dos ombros.
-Expressão facial falseada: quando somos genuínos, usamos os músculos faciais certos para expressar uma emoção. Num sorriso moderado e falso, não aparecem os pés de galinha, as bochechas não são levantadas e os olhos ficam menos apertados. Num sorriso real, mais músculos são utilizados e a pálpebra superior dobra-se um pouco sobre os olhos.

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