Velho conhecido da culinária oriental, macarrão é feito a base de um tubérculo da família do inhame
Foi a apresentadora inglesa de TV Nigella Lawson, famosa por suas curvas generosas e receitas calóricas, que catapultou o macarrão japonês ao estrelato.
Ao aparecer mais magra e responsabilizar o tal lámen pela nova forma, ela provocou uma corrida internacional às lojas de produtos japoneses, que viram seus poucos exemplares sumirem das prateleiras.
Antigo conhecido da culinária oriental, o Itokonnyaku é feito à base de konjac, um tubérculo da família do inhame. Suas propriedades dietéticas são intensamente estudadas no Oriente. O departamento de nutrição e higiene da West China University of Medical Sciences, por exemplo, realizou uma pesquisa relacionando o konjac aos níveis de colesterol e descobriu que esse ingrediente, quando adicionado à alimentação diária, pode ajudar a reduzir os níveis de gordura ruim no sangue, evitando problemas vasculares graves como infarto.
Sem gosto e com uma consistência levemente borrachuda, o macarrão é composto por 97% de água e 3% de fibras e cada porção de 200 gramas contém apenas 10 calorias.
“O macarrão é composto de glucomanam, um tipo de fibra solúvel que incha no estômago, ocupando um volume maior dentro do órgão, garantindo uma sensação de saciedade precoce”, explica a nutricionista Elaine de Pádua, da consultoria DNA Nutri.
Essa característica aliada ao baixo valor calórico resulta na fórmula perfeita para quem busca por produtos para manter a forma. A massa ficou conhecida no Exterior como "miracle noodle" (noodle milagroso). Por aqui, pode ser encontrada também em um bloco compacto – nesse caso, recebe o nome de konnyaku.
Porém, o Itokonnyaku não é pobre apenas em calorias, mas também em nutrientes. Por isso, a indicação dos nutricionistas é consumi-lo sempre com acompanhamentos que enriqueçam a refeição.
“Ele não tem nenhum gosto e nem nutrientes, por isso precisa ser preparado com legumes como brócolis, alho poró, couve flor, cenoura ou grãos de soja”, indica Pádua.
“Seria interessante, além dos legumes, incluir shitake. O cogumelo é uma ótima fonte de proteína, além de ter ação antioxidante. Dessa forma, o prato fica bastante balanceado”, diz.
A especialista recomenda atenção e parcimônia para quem quiser utilizar o molho shoyo como tempero.
Itokonnyaku é vendido em saquinhos individuais que devem ser mantidos refrigerados
Ele tem muito sódio – o que faz com que a pessoa retenha muito líquido – e glutamato monossódico, que é prejudicial à saúde. O recomendado é utilizar no máximo duas colheres de sopa e diluí-lo em uma colher e meia de água”, aconselha. Quem quiser substitutos pode utilizar a sálvia ou o alecrim.
Elaine também recomenda que o macarrão seja consumido no máximo três vezes por semana, de preferência, no jantar.
“Mais do que isso a alimentação fica monótona e a dieta fica menos rica, fazendo com que a pessoa desista mais facilmente”, afirma.
Estoques zerados
No Brasil, as lojas de produtos típicos não estão dando conta de repor o estoque do produto importado. Na Liberdade, o mais tradicional bairro japonês do País, as principais lojas do ramo já não tinham mais o miojo milagroso no início desse ano. A previsão era que os estoques só seriam repostos em fevereiro. Os preços de um pacote com 200 gramas variam de R$5 a R$10, dependendo da marca
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