domingo, 15 de janeiro de 2012

Terceiro sobrevivente é resgatado de navio na Itália

Vítima é um empregado do navio. Homem foi resgatado quase 30 horas depois que a embarcação naufragou na costa italiana
Uma terceira pessoa foi localizada neste domingo (15) com vida no cruzeiro "Costa Concordia", naufragado nas águas da ilha italiana de Giglio, quase 30 horas depois da embarcação ter encalhado, de acordo com o porta-voz dos bombeiros. Segundo Guiseppe Linardi, prefeito da região de Grosseto, trata-se de um empregado do navio e que por enquanto é difícil tirá-lo, já que os bombeiros têm que atravessar áreas alagadas.
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Este sobrevivente se une ao casal de recém-casados coreano que foi resgatado com vida esta noite passada do interior do navio, 24 horas depois do acidente. Hye Jim Jeong e Kideok Han, ambos de 29 anos, que foram localizados no interior da cabina que ocupavam, na oitava ponte. O casal, em viagem de núpcias, tinham subido ao navio no porto de Civitavecchia, a 70 quilômetros ao norte de Roma, poucas horas antes do naufrágio.
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Passageiros: 53 brasileiros estavam a bordo, diz consulado do Brasil em Roma
Acidente
O acidente com o navio Costa Concordia ocorreu próximo à ilha de Giglio, por volta das 21h30 de sexta-feira (13) no horário local (18h30 em Brasília). O cruzeiro já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixar a embarcação em botes salva-vidas ou nadando. O presidente da operadora de cruzeiros, Gianni Onorato, declarou que o navio teria se chocado contra uma rocha gigante.
O consulado do Brasil em Roma confirmou que 53 brasileiros estavam a bordo. Na noite deste sábado, o Itamaraty confirmou que nenhum deles está entre as vítimas do acidente. "A informação que temos do consulado em Roma é que todos estão bem", comunicou o Ministério de Relações Exteriores.
Calculado inicialmente em 70 pessoas, o número de desaparecidos foi reduzido em algumas contagens. O cálculo da capitania do porto de Livorno, envolvida nos trabalhos de resgate, aponta que a diferença entre pessoas identificadas em terra e a lista de passageiros seria de 40 pessoas "não localizadas". A capitania não quis usar o termo "desaparecido", alegando que parte dessas pessoas poderiam estar a salvo, porém sem terem sido devidamente identificadas.
Pânico
Luciano Castro, um dos passageiros, disse à imprensa italiana que "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa". Quando a luz voltou, o comandante anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas o barco começou a adernar. A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, revelou Castro.
Outra passageira, Mara Parmegiani, afirmou à mídia italiana que houve "cenas de pânico" no navio. "Estávamos sentados para jantar e ouvimos aquele grande estrondo. Acho que ele bateu em algumas rochas. Houve muito pânico, as mesas viraram, os copos voaram para todos os lados e nós corremos para os decks onde colocamos nossos coletes salva-vidas. Estávamos muito assustados e congelando, porque ninguém teve tempo de tomar mais roupas. Eles nos deram cobertores, mas não havia em quantidade suficiente", disse.



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