terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os oito obstáculos da corrida matinal das mães

Seu filho enrola para tomar café e nunca se veste a tempo? Saiba como driblar os obstáculos mais comuns das manhãs e dê adeus ao atraso

Quem nunca se atrasou ao sair de casa por causa dos filhos? Sempre tem uma desculpa básica para aqueles cinco, 10, 15 minutinhos ou até mesmo meia-hora. E geralmente esta desculpa é real: crianças costumam dar motivos para o atraso. Mas se a situação tem sido recorrente, alguma coisa está errada. É hora de avaliar os obstáculos mais comuns e aprender a contorná-los para vencer a corrida matinal diária e alcançar a rua com seu filho no tempo certo.

 
Primeiro obstáculo: estabeleça um ritual para tirar seu filho da cama

Primeiro obstáculo: sair da cama
Se para os adultos já é difícil levantar, imagina para as crianças, que não têm ideia da importância da pontualidade nos compromissos? Mas há uma tática capaz de tornar o despertar menos impactante: se a criança deve se levantar às 8 horas, comece a despertá-la 10 minutos antes das oito. “Alice adora tirar uma soneca, então vou chamando calmamente. E, antes de tomar meu banho, aviso a ela que, quando acabar, quero ela fora da cama. Coloco a televisão em um desenho e crio um ambiente propício para ela acordar bem”, explica a personal organizer Verônica Cavalcanti, idealizadora do Ateliê Ordenar e mãe solteira dos gêmeos Alice e Daniel, de seis anos.

 
Segundo obstáculo: vestir a criança

Segundo obstáculo: vestir a criança
“O motivo maior dos atrasos em casa é porque minhas filhas sempre acham que o look não está bom. Quando já estão prontas, uma delas - ou as duas - resolvem que não é bem aquilo que querem usar e começam a birra, recusando-se a sair de casa”, conta a designer Priscilla Perlatti, do site
Mamatraca, mãe da Stella, de 6 anos, e Lia, de 4. Para não passar por estas situações, deixe uma ou duas combinações de roupa escolhidas na noite anterior. De manhã, a criança pode escolher qual das duas prefere. Para não errar na escolha, cheque um site de previsão do tempo. E tenha um plano B para o caso de mudança de tempo.
Terceiro obstáculo: tomar café
O café da manhã é uma refeição chave para as crianças, pois fornece energia para encarar o dia. Na noite anterior, deixe os ingredientes secos – como cereais ou pães – sobre a mesa. Iogurtes e itens refrigerados podem ficar sempre em um mesmo compartimento da geladeira, facilitando a colocação da mesa. A psicóloga Solange Wertman, do Nutry Psy, sugere às mães não demonstrar ansiedade para que as crianças comam. “Ao perceber esta ansiedade da mãe, ela pode enrolar para manipulá-la. Procure manter a calma e não demonstre o seu sentimento”, recomenda. Enquanto seu filhote toma o café, aproveite para fazer outra atividade, como o check list do que é preciso levar com você. Depois, certifique-se de que ele se alimentou direitinho.

 
Terceiro obstáculo: para um café da manhã sem sobressaltos, controle a ansiedade

 Quarto obstáculo: o mau-humor matinal pode ser contornado com mamadeira
Quarto obstáculo: o mau-humor matinal
É natural as crianças acordarem mal-humoradas. Uma dica para contornar o problema é dar a mamadeira dormindo. “Dou a mamadeira antes mesmo de falar com ele. Tomando o leite, ele é incapaz de fazer birra, então aproveito pra correr com a troca de roupa”, afirma a recepcionista bilíngue Irina Câmara, mãe de João Luccas, 1 ano e 10 meses. Quando as crianças são maiores, vale a pena criar uma rotina. Conte uma historinha, dizendo que dia da semana é e quais as atividades do dia. E, se o diálogo não surtir efeito, como último recurso, ligue a TV em um desenho animado que ele goste.

  
Quinto obstáculo: há técnicas para administrar os remédios sem problemas

Quinto obstáculo: dar remédio
A dose matinal do remédio pode ser a mais difícil de ser administrada. Criança já não gosta de tomar remédio e, quando o faz de má vontade, acaba sujando a roupinha. E lá se vão mais preciosos minutos no cronômetro matinal. Para ajudar nesta missão, dê os remédios com a ajuda de uma seringa, respingados na lateral da boca, próximo ao meio da língua. Se o remédio for direto para o centro do palato, pode causar náusea e fazer a criança expelir o líquido. Quando possível, disfarce o gosto ruim do remédio com sucos. Mas este é um último recurso.

  
Sexto obstáculo: drible os esquecimentos com a adoção de uma check list

Sexto obstáculo: lidar com os esquecimentos
Você já está na metade do caminho da escolinha quando se lembra da cartolina que deveria mandar para a aula de artes ou, pior, deixou em casa seu próprio celular, carregando. Sugestão: faça uma lista, à mão ou no computador, e deixe colada em local visível, como na porta de entrada ou em um quadro de avisos perto de onde ficam as chaves. Inclua na lista todos os itens que não podem ser esquecidos, o que deve ir na mochila da criança e as coisas a fazer antes de sair de casa. E, claro, crie o hábito de verificar este “check list” sempre antes de sair de casa.

  
Sétimo obstáculo: fraldas cheias e outros imprevistos percebidos só na porta

Sétimo obstáculo: os imprevistos
Qualquer semelhança com a Lei de Murphy não é mera coincidência. O bebê está com a roupa limpinha, já no corredor à espera do elevador, quando você escuta um barulhinho seguindo de um cheiro nada agradável. Inconfundível. Com crianças maiores, o imprevisto é de outra natureza: o suco é atraído feito um ímã para a camiseta. “Para as mães de bebês pequenos, os imprevistos são o motivo número um dos atrasos. Uma fralda cheia não tem hora nem lugar para acontecer”, afirma Priscilla, mãe da Stella e da Lia. Nesses casos, não tem jeito: tem que parar tudo e trocá-lo o quanto antes. Por isso, manter os apetrechos de troca organizados e sempre à mão vão, ao menos, minimizar o atraso

Oitavo obstáculo: o trânsito
Muitos impedimentos podem acontecer no caminho para a escola. Escolha uma escola que esteja no caminho do seu trabalho. Se você usa carro, pesquise caminhos alternativos para evitar o trânsito. Se for a pé até a escolinha antes de pegar o ônibus para o trabalho ou outro compromisso, prefira usar sapatos confortáveis. Leve o salto na bolsa para calçar depois de deixar a criança ou quando chegar ao trabalho. “Moramos perto da escolinha. Levo 20 minutos para deixar Alice e chegar ao ponto de ônibus. Dificilmente uso sapatos de salto alto, o que dificultaria muito minhas caminhadas rua afora”, diz Roberta Ribeiro, advogada, mãe de Alice, dois anos e meio
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Oitavo obstáculo: facilite o percurso até a escola

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