Saiba mais sobre os alunos do curso de informática surpreendidos pela trágica queda do edifício Liberdade enquanto estudavam
Os sonhos de aprimoramento profissional de funcionários que trabalhavam na empresa Tecnologia Organizacional (TO) foram interrompidos bruscamente na noite da última quarta-feira (25) quando o prédio em que estavam desabou. Não é possível precisar ainda quais e quantos dos que trabalhavam na TO frequentavam a aula na ocasião.
Às 20h30, entre seis e sete pessoas, além do professor Omar Mussi, estavam juntos em uma sala no sexto andar do edifício Liberdade, na Rua Treze de Maio, número 44, no Centro do Rio de Janeiro. A penúltima aula de um curso de atualização em Tecnologia da Informação era ministrada no momento. As aulas haviam começado na semana anterior e estavam previstas para terminar em fevereiro.
Às 20h, um dos alunos, Bruno Gitahy, havia telefonado para a mãe avisando que ela poderia jantar, pois ele iria fazer um lanche no trabalho. O que ocorreu meia hora depois transformou aquele cenário cotidiano em um panorama de caos.
Já se sabe que neste momento um tremor na construção fez com que o assistente de obras Alexandro dos Santos, de 31 anos, que estava no nono andar, retornasse ao elevador de onde acabara de sair. O reflexo ágil salvou a vida do operário. Outros não tiveram a mesma sorte. Ainda não se pode afirmar se entre os corpos encontrados na escada do edifício estavam os alunos do curso de informática da TO. No entanto, segundo o Secretário Estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, pelo menos quatro pessoas podem ter tentado escapar pelas escadas. Não deu tempo.
Após o tremor, o edifício Liberdade, com 18 pavimentos, desabou sobre um prédio de 10 andares e um sobrado localizado entre os dois, com quatro andares. As causas do acidente ainda estão longe de serem elucidadas.
As autoridades confirmam até agora 17 mortos e cinco desaparecidos, além de seis feridos. Abaixo a lista dos funcionários da TO que estavam no prédio:
Bruno Gitahy – o rapaz de 25 anos estudou na Universidade Estácio de Sá e admirava Steve Jobs e Bill Gates. Meia hora antes do desabamento ligou para avisar a mãe que ela podia jantar, pois iria fazer um lanche no trabalho.
Flávio Porrozzi – professor de biologia e analista de sistemas. “Meu sobrinho ligou para a noiva, Tatiana, por volta das 3h e falou ‘Oi amor’. Em seguida a ligação caiu. Tatiana tentou retornar diversas vezes, mas não conseguiu”, contou Francisco Adir, tio de Flávio, morador de Sulacap. Apaixonado por adrenalina, nas horas vagas, Flávio praticava alpinismo.
Kelly Meneses – estudante da Estácio de Sá, a auxiliar financeira de 28 anos, frequentava o curso de Tecnologia da Informação e trabalhava na empresa desde 2006.
Omar Mussi: o professor da turma de TI
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