quarta-feira, 24 de julho de 2013

Índia prende diretora de escola após merenda contaminada matar 23 crianças

Meena Kumari está sendo interrogada sobre como níveis tóxicos de pesticida se misturaram à comida das crianças

A diretora de uma escola primária no leste da Índia onde 23 crianças morreram na semana passada após ingerir merenda contaminada com pesticida foi presa nesta quarta-feira (24), informou a polícia.
AP
Crianças indianas que se sentiram mal após ingerir merenda escolar repousam em hospital em Patna, Índia (17/7)

Meena Kumari fugiu assim que as crianças começaram a ficar doentes após ingerir a merenda preparada na escola no Estado de Bihar. VInte e três crianças com idades entre 5 e 12 anos morreram após comer a refeição e muitas outras ficaram doentes.
Testes forenses revelaram que a comida continha níveis tóxicos de pesticida . Uma equipe da polícia investigando as mortes prendeu Kumari nesta quarta. Ela está sendo interrogada sobre como o pesticida foi parar na comida dada às crianças, informou o superintendente da polícia Sujit Kumar.
O ministro da Educação de Bihar, P. K. Sahi, disse que a diretora comprou ingredientes para a refeição no mercado de seu marido, que fugiu.
As cozinheiras da escola informaram às autoridades que a diretora controlava a comida feita para a merenda escolar. Uma delas disse que o óleo de cozinha estava com uma aparência diferente da usual, mas que a diretora disse a ela que o usasse de qualquer forma.
Na quarta-feira, o ministro-chefe de Bihar, Nitish Kumar, disse que o governo puniria todos os responsáveis pela tragédia. "Ninguém será poupado", disse Jumar, acrescentando que as autoridades estatais estavam trabalhando para investigar o programa de merenda escolar para evitar que um incidente dessa espécie voltasse a ocorrer. 
A merenda escolar do meio-dia é o maior programa de alimentação escolar do mundo, alcançando 120 milhões de crianças em 1,2 milhão de escolas espalhadas pela Índia, informou o governo.
O programa começou em 1925 na cidade de Chennai, no sul do país, para atender crianças pobres. Segundo correspondentes na Índia, no Estado de Bihar, o programa já foi alvo de várias acusações de corrupção.

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