quarta-feira, 31 de julho de 2013

Adequando o Regime Alimentar Sem O Uso De Carne


A carne não é essencial para a saúde e a resistência, do contrário o Senhor haveria cometido um erro ao prover o alimento para Adão e Eva antes de sua queda. Todos os elementos de nutrição se acham contidos nas frutas, verduras e cereais.
É erro supor que a força muscular dependa do uso de alimento animal. As necessidades do organismo podem ser melhor supridas, e mais vigorosa saúde se pode desfrutar, deixando de usá-la. Os cereais, com frutas, nozes e verduras, contêm todas as propriedades nutritivas necessárias à formação de bom sangue. Esses elementos não são tão bem ou tão plenamente supridos pelo regime cárneo. Houvesse sido o uso da carne essencial à saúde e à força, e o alimento animal haveria sido incluído no regime do homem desde o princípio.
    Por que Usar Alimento em Segunda Mão? 
O regime dos animais é verdura e cereais. Precisam as verduras ser animalizadas, ser incorporadas no organismo dos animais, antes de as ingerirmos? Precisamos obter nosso regime vegetal mediante o comer carne de cadáveres? Deus proveu fruta em seu estado natural a nossos primeiros pais. Deu a Adão o encargo do jardim, para o cultivar e cuidar, dizendo: “Ser-vos-ão para mantimento.” Gên. 1:29. Um animal não devia destruir outro para sua manutenção.
Os que se alimentam de carne, não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa ao que os ingere. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso!
    Carne – Estimulante Típico 
Quando se deixa o uso da carne, há muitas vezes uma sensação de fraqueza, uma falta de vigor. Muitos alegam isto como prova de que a carne é essencial; mas é devido a ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os nervos irritados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne, como é ao alcoólatra o abandonar a bebida; mas se sentirão muito melhor com a mudança.
O alimento cárneo também é prejudicial. Seu efeito, por natureza estimulante, deveria ser argumento suficiente contra o seu uso, e o estado doentio quase geral entre os animais torna-o duplamente objetável. Tende a irritar os nervos e despertar as paixões, fazendo assim com que a balança das faculdades penda para o lado das propensões baixas.
Fiquei um tanto surpreendida com vosso argumento quanto à razão por que um regime cárneo vos mantinha forte, pois, se vos colocardes fora da questão, a razão vos ensinará que um regime cárneo não vos é de tanta vantagem, como supondes. Sabíeis como havíeis de responder a um adepto do fumo se ele alegasse, em favor do uso do mesmo, os argumentos que tendes apresentado como razão para dever continuar a comer carne de animais mortos como alimento.
A fraqueza que experimentais sem o uso de carne é uma das mais fortes razões que eu possa apresentar, para a abandonardes. Os que comem carne sentem-se estimulados depois de ingerir esse alimento, e julgam que se tornaram mais fortes. Depois de abandonar o uso da carne, a pessoa poderá por algum tempo sentir certa fraqueza, mas quando seu organismo estiver limpo do efeito desse regime, não mais sentirá a fraqueza, e deixará de desejar aquilo que alegava ser coisa essencial para seu vigor.
    Prover Substitutos 
Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais serão nutritivos e ao mesmo tempo apetitosos. Isto se necessita especialmente no caso de pessoas fracas, ou carregadas de contínuo labor.
Em alguns países em que é comum a pobreza, é a carne o alimento mais barato. Sob estas circunstâncias a mudança se efetuará sob maiores dificuldades; pode no entanto ser operada. Devemos, porém, considerar a situação do povo e o poder de um hábito de toda a vida, sendo cautelosos em não insistir indevidamente, mesmo quanto a idéias justas. Ninguém deve ser solicitado a fazer abruptamente a mudança. O lugar da carne deve ser preenchido com alimento saudável e pouco dispendioso. A esse respeito, muito depende da cozinheira. Com cuidado e habilidade se podem preparar pratos que sejam nutritivos e ao mesmo tempo saborosos, substituindo, em grande parte, alimentos cárneos.
Em todos os casos, educai a consciência, reuni toda a vontade, supri alimento bom, saudável, e a mudança se efetuará rapidamente, desaparecendo em breve a necessidade de carne.
O devido preparo do alimento é realização muito importante. Especialmente onde não se faz da carne o principal artigo de alimentação, a boa cozinha é uma essencial exigência. Importa que se prepare alguma coisa para substituir o lugar da carne, e esses substitutos precisam ser bem preparados, de maneira que a carne não seja desejada.

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