terça-feira, 3 de abril de 2012

Ponto G: mito ou verdade?



[ponto+G]Não foi encontrada qualquer ramificação nervosa maior que indicasse uma estrutura física da tal área
Ponto G existe? Desde 1950, quando o médico ginecologista Ernst Gräfenberg revelou a descoberta de uma zona erógena localizada na parede anterior da vagina, pesquisas e opiniões médicas se dividem para responder a essa pergunta.

Um estudo recente liderado por Amichai Kilchevsky e seus colegas concluiu que o ponto G não existe. O resultado foi encontrado a partir da revisão de dezenas de trabalhos e biópsias do tecido vaginal e exames de ultrassom. Não foi encontrada qualquer ramificação nervosa maior que indicasse uma estrutura física da tal área.

Contudo, por meio de um estudo de varredura cerebral com mulheres tendo uma resposta orgástica, Barry R. Komisaruk observou um aumento de atividade no córtex sensorial quando estimulada a região do possível ponto G. Segundo o pesquisador, mesmo não existindo um ponto, essa é uma zona erógena e o estímulo provoca uma pressão em partes sensíveis como o clitóris, a glândula de Skene e a uretra.
Na visão de Théo Lerner, ginecologista e terapeuta sexual, essa é uma área com maior inervação. Essa inervação está correlacionada com o esfíncter entre a bexiga e a uretra, e é fundamental para o controle urinário. Para ele, o prazer pode ocorrer segundo as preferências pessoais, mas a procura do ponto G pode atrapalhar a rotina sexual, desviando a atenção das sensações em geral.

O fato é que variadas regiões ao longo do nosso corpo respondem ao serem tocadas por estímulos erótico-sexuais, mas a preferência e o prazer são tão individuais quanto uma impressão digital. Sendo assim, a sensação durante a penetração é diferente para cada mulher e em regiões distintas do canal vaginal, e isso é confirmado em seus relatos.

De qualquer forma, é mais fácil obter excitação e orgasmo com a estimulação do clitóris do que em qualquer outra região – mas as diferentes respostas estão diretamente relacionadas ao potencial dos estímulos, ao repertório erótico pessoal, ao desempenho do parceiro e à dinâmica daquela transa.

O importante nessa discussão é saber que a natureza nos presenteou com um grande parque de diversões: o nosso corpo. Precisamos aprender a brincar com ele sem pudores, reservas ou culpas. Afinal, não dá para ter um ótimo sexo se existem travas.

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