Os resultados do inquérito foram divulgados nesta terça (5) pela Polícia Federal
Foto: Thayanne Sales/Especial para o NE10
O caso dos canibais de Garanhuns parece caminhar para o fim. A Polícia Federal concluiu na última segunda-feira (4) o inquérito do caso que foi aberto no dia 20 de abril. Em coletiva realizada nesta terça (5), os resultados foram apresentados e o trio será julgado por homicídio quadruplamente qualificado (motivo fútil, dificuldade de defesa da vítima, meio cruel da execução e asseguramento do crime de incapaz cometido anteriormente) e por ocultação de cadáver.
O inquérito concluiu também que sete foram as vítimas em Pernambuco: três mortas, um crime cometido por Jorge Beltrão em 1994 e pelo qual foi acusado em 2010, mas absolvido por falta de provas. Além disso, a Polícia acredita no aliciamento de três outras mulheres já que foram encontrados documentos das três e incídios que levam ao mesmo modo como os canibais agiram com as outras vítimas.
A pena de Jorge Beltrão pode chegar aos 30 anos de prisão
(Foto: Wenyson Albiérgio/Especial para o NE10)
CASO - A polícia chegou até os acusados após a família de Alexandra da Silva Falcão, 20 anos, levar à delegacia uma fatura de cartão de crédito apontando que estariam fazendo compras no comércio de Garanhuns com a documentação dela. “Com essa informação em mãos, fomos até as lojas mencionadas na fatura. Chegando nesses estabelecimentos, solicitamos as imagens do circuito interno de segurança e conseguimos prender os acusados”, explicou o delegado Wesley Fernandes, da Polícia Civil.
Presos, os acusados confessaram estar usando os documentos da vítima e afirmaram também ter matado Alexandra e Giselly Helena da Silva, mais conhecida como "Geisa dos Panfletos", que estava desaparecida desde o dia 12 de março. Em depoimento, eles também confessaram terem enterrado os corpos no quintal da própria casa. Quando chegaram à residência, os policiais foram recebidos por uma criança de apenas cinco anos que deu informações do crime para a polícia e apontou os locais onde estavam enterrados os corpos. “Ela já foi encaminhada para o Conselho Tutelar da cidade e receberá todos os cuidados necessários”, finalizou o delegado.
CANIBALISMO - Isabel Cristina confessou que os três não apenas esquartejavam as vítimas, mas também retiravam a pele dos corpos, cozinhavam a carne, se alimentavam e usavam parte desta carne humana para rechear salgados que eram vendidos em Garanhuns e Caruaru.
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