Empresa afirma que o questionamento quanto à não equidade entre gêneros é precoce: acionistas ainda aprovarão a remuneração de longo prazo da executiva
Em dezembro do ano passado, Mary Barra foi motivo de alegria para as mulheres do mundo corporativo. Eleita a primeira presidente mundial de uma montadora de Detroit, no caso a GM, renovou as esperanças na equidade de gêneros dentro do ambiente de trabalho.
A alegria durou pouco. Durante o Salão de Detroit, no meio de janeiro, a empresa divulgou os detalhes do contrato e o salário de Mary fica em torno dos US$ 4,4 milhões em 2013 – além de algumas compensações. Seu predecessor, Dan Akerson, ganhou US$ 9,1 milhões em 2012. E ele ainda continua ao lado da empresa, recebendo US$ 4,68 milhões como consultor – salário maior que o da presidente.
Mesmo o salário básico é menor: US$ 1,6 milhão ao ano para Barra, enquanto Akerson recebia US$ 1,7 milhão.
Oficialmente a empresa se limitou a dizer, em comunicado divulgado nesta semana, que “a discussão sobre a desigualdade salarial entre Barra e seu antecessor é prematura e falha”, uma vez que esse valor abrangeria apenas duas das três fontes de receita de Barra. “Incentivos específicos de longo prazo serão incluídos no formulário da empresa em Abril, o que provavelmente vai dissipar qualquer noção de pagamento desigual”, acrescentou o comunicado. “Os acionistas da GM no Encontro Anual deverão aprovar a parte de longo prazo do pagamento.”
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