Estimativa é maior do que interesse por determinados jogos que mesmo com ingressos esgotados não têm lotação máxima
O espaço que a Fifa tem destinado para a imprensa em jogos classificados como de "grande interesse" da Copa do Mundo vêm sendo exagerado. A entidade confirmou que tem tentado evitar que estádios fiquem com espaços vazios, mas não tem sido fácil.
Tanto em Brasília, na partida entre Costa do Marfim e Colômbia, como em Fortaleza, no encontro entre Brasil e México, a entidade reservou um espaço maior do que o interesse de jornalistas pela partida.
No Castelão, o espaço ao lado da tribuna tinha três fileiras inteiras destinadas para "observadores", no que a entidade chama de "Observer Seats". São cadeiras usadas geralmente por jornalistas que não precisam de uma bancada com computador ou quando há muita demanda para um jogo e não há mesas suficientes.
Uma fita separava os torcedores que compraram ingressos dos assentos de observadores. E não havia nenhum jornalista ali. Com muitos mexicanos ao redor, a Fifa retirou a fita e autorizou os torcedores presentes a ocupar aquela área.
"Para o jogo de abertura a procura é muito maior, depois a imprensa internacional se dilui entre os vários jogos espalhados pelo país, e é por isso que pudemos aumentar a capacidade. A abertura, as semifinais e a final têm essa capacidade maior para a imprensa. Nos outros jogos estamos trabalhando o mais perto possível do limite para evitar que tenhamos assentos não utilizados em qualquer jogo", disse Thierry Weil, diretor de marketing da Fifa, sobre o problema.
Esse cálculo errado da Fifa tem colaborado para que alguns jogos não tenham sua capacidade máxima simplesmente porque ingressos não foram postos a venda. No jogo do Brasil com México o público foi de 60 mil pessoas, sendo que a capacidade do estádio é de quase 63.900 mil.
Outro exemplo foi o jogo da abertura da Copa na Arena Corinthians, que apesar de muito mais procurado, tem um público inferior ao da partida entre Uruguai e Inglaterra.
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