Candidatas a terem elefantes brancos, cidades conseguem mudar visão dos estrangeiros, mas ainda precisam descobrir o que será das Arenas da Amazônia e Pantanal
Os dois maiores candidatos a elefantes brancos da Copa do Mundo se despediram do torneio com saldo positivo. Antes alvos das maiores críticas com relação à organização do Mundial, os estádios de Manaus e Cuiabá protagonizaram partidas empolgantes com arquibancadas lotadas, e as duas cidades, alegres e receptivas, conseguiram mudar a visão dos estrangeiros, antes críticos das altas temperaturas.
Ambas, no entanto, ainda precisam descobrir o que será das Arenas da Amazônia e Pantanal agora que a Copa passou. Os estádios custaram R$ 669 milhões e R$ 646 milhões, respectivamente. Mas, sem equipes de futebol de tradição nos Estados, governos municipal e estadual ainda quebram a cabeça com relação ao futuro.
Mudando a cabeça dos gringos
Não foram poucos os veículos internacionais de imprensa que se referiram a Manaus de forma pejorativa. O próprio treinador da Inglaterra, Roy Hodgson, afirmou que não gostaria de ter que jogar na cidade onde e perdeu para a Itália, citando como problemas o clima e a umidade.
A opinião mudou drasticamente, como relatado na edição de 20 de junho da revista “The Fifa Weekly”, um periódico semanal da entidade que controla o futebol mundial. A matéria principal, assinada pelo editor Thomas Renglii, é intitulada “Manaus Mágica” e fala sobre a boa recepção que os turistas tiveram na cidade.
“Quem conseguiu desviar os pensamentos de uma possível visita de emergência ao hospital teve a sorte de descobrir um lado diferente e surpreendente da Copa do Mundo e também do Brasil. Manaus não é um típico palco de futebol, como muitos visitantes descobriam – para suas alegrias. Nenhuma cidade-sede é tão empolgante como esta metrópole florestal”, diz o texto.
Com relação a Cuiabá, a cidade também conseguiu mudar o rótulo de “cidade inacabada”. Estudo realizado pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) constatou que 90% dos turistas que visitaram o local na Copa do Mundo aprovaram a hospitalidade da população.
Estádios lotados com jogos empolgantes
A falta de times de futebol de tradição em Manaus e Cuiabá foi um dos motivos de discórdia quanto à construção das Arenas da Amazônia e Pantanal. Neste quesito, Belém e Goiânia, no Pará e em Goiás, respectivamente, seriam candidatas mais lógicas a receberem o Mundial. No entanto, não há como negar que as cidades escolhidas protagonizaram algumas das melhores partidas da fase de grupos da competição. Com calor ou sem.
Com capacidade para 40.549 torcedores, Manaus viu os emocionantes Inglaterra 1 x 2 Itália e Estados Unidos 2 x 2 Portugal. No primeiro, o público foi de 39.800 pessoas. No segundo, 40.123. A Arena da Amazônia recebeu ainda a goleada da Croácia sobre Camarões por 4 a 0 e o hat-trick de Shaqiri na vitória da Suíça contra Honduras por 3 a 0 para 40.322 espectadores.
Já Cuiabá, cuja Arena Pantanal tem capacidade para 41.112 pessoas, foi tomada de chilenos na estreia vitoriosa do país (3 a 1 na Austrália com 40.275 torcedores), foi palco do maior frango da Copa até aqui (Rússia 1 x 1 Coreia do Sul para 37.603 fãs) e de goleada da Colômbia por 4 a 1 sobre o Japão com público de 40.340. As arquibancadas encheram ainda na vitória da Nigéria por 1 a 0 em cima da Bósnia e Herzegovina (40.499).
E o futuro?
Passado o sucesso da Copa, a grande preocupação com relação a Manaus e Cuiabá agora fica com relação ao futuro. As duas cidades são as maiores candidatas a terem estádios inutilizados após o Mundial.
Quanto a isso, os mato-grossenses parecem que estão um pé à frente dos amazonenses. A Secopa MT (Secretaria Extraordinária da Copa do Mato Grosso) já iniciou o processo de desmontagem da Arena Pantanal, que terá sua capacidade reduzida para 20 mil torcedores. No próximo mês, um processo de licitação será aberto para atrair o investimento da iniciativa privada e a expectativa é que até outubro o estádio tenha seu futuro definido.
O que será da Arena da Amazônia, todavia, ainda é uma incógnita. Com um campeonato estadual que tem média de público de 700 pessoas por jogo, a ideia é usar programas de lazer como um atrativo além do futebol. Assim como Cuiabá, a administração do local será terceirizada depois da Copa e há a esperança de que uma licitação aconteça entre agosto de outubro.
Os dois maiores candidatos a elefantes brancos da Copa do Mundo se despediram do torneio com saldo positivo. Antes alvos das maiores críticas com relação à organização do Mundial, os estádios de Manaus e Cuiabá protagonizaram partidas empolgantes com arquibancadas lotadas, e as duas cidades, alegres e receptivas, conseguiram mudar a visão dos estrangeiros, antes críticos das altas temperaturas.
Ambas, no entanto, ainda precisam descobrir o que será das Arenas da Amazônia e Pantanal agora que a Copa passou. Os estádios custaram R$ 669 milhões e R$ 646 milhões, respectivamente. Mas, sem equipes de futebol de tradição nos Estados, governos municipal e estadual ainda quebram a cabeça com relação ao futuro.
Mudando a cabeça dos gringos
Não foram poucos os veículos internacionais de imprensa que se referiram a Manaus de forma pejorativa. O próprio treinador da Inglaterra, Roy Hodgson, afirmou que não gostaria de ter que jogar na cidade onde e perdeu para a Itália, citando como problemas o clima e a umidade.
A opinião mudou drasticamente, como relatado na edição de 20 de junho da revista “The Fifa Weekly”, um periódico semanal da entidade que controla o futebol mundial. A matéria principal, assinada pelo editor Thomas Renglii, é intitulada “Manaus Mágica” e fala sobre a boa recepção que os turistas tiveram na cidade.
“Quem conseguiu desviar os pensamentos de uma possível visita de emergência ao hospital teve a sorte de descobrir um lado diferente e surpreendente da Copa do Mundo e também do Brasil. Manaus não é um típico palco de futebol, como muitos visitantes descobriam – para suas alegrias. Nenhuma cidade-sede é tão empolgante como esta metrópole florestal”, diz o texto.
Com relação a Cuiabá, a cidade também conseguiu mudar o rótulo de “cidade inacabada”. Estudo realizado pela UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) constatou que 90% dos turistas que visitaram o local na Copa do Mundo aprovaram a hospitalidade da população.
Estádios lotados com jogos empolgantes
A falta de times de futebol de tradição em Manaus e Cuiabá foi um dos motivos de discórdia quanto à construção das Arenas da Amazônia e Pantanal. Neste quesito, Belém e Goiânia, no Pará e em Goiás, respectivamente, seriam candidatas mais lógicas a receberem o Mundial. No entanto, não há como negar que as cidades escolhidas protagonizaram algumas das melhores partidas da fase de grupos da competição. Com calor ou sem.
Com capacidade para 40.549 torcedores, Manaus viu os emocionantes Inglaterra 1 x 2 Itália e Estados Unidos 2 x 2 Portugal. No primeiro, o público foi de 39.800 pessoas. No segundo, 40.123. A Arena da Amazônia recebeu ainda a goleada da Croácia sobre Camarões por 4 a 0 e o hat-trick de Shaqiri na vitória da Suíça contra Honduras por 3 a 0 para 40.322 espectadores.
Já Cuiabá, cuja Arena Pantanal tem capacidade para 41.112 pessoas, foi tomada de chilenos na estreia vitoriosa do país (3 a 1 na Austrália com 40.275 torcedores), foi palco do maior frango da Copa até aqui (Rússia 1 x 1 Coreia do Sul para 37.603 fãs) e de goleada da Colômbia por 4 a 1 sobre o Japão com público de 40.340. As arquibancadas encheram ainda na vitória da Nigéria por 1 a 0 em cima da Bósnia e Herzegovina (40.499).
E o futuro?
Passado o sucesso da Copa, a grande preocupação com relação a Manaus e Cuiabá agora fica com relação ao futuro. As duas cidades são as maiores candidatas a terem estádios inutilizados após o Mundial.
Quanto a isso, os mato-grossenses parecem que estão um pé à frente dos amazonenses. A Secopa MT (Secretaria Extraordinária da Copa do Mato Grosso) já iniciou o processo de desmontagem da Arena Pantanal, que terá sua capacidade reduzida para 20 mil torcedores. No próximo mês, um processo de licitação será aberto para atrair o investimento da iniciativa privada e a expectativa é que até outubro o estádio tenha seu futuro definido.
O que será da Arena da Amazônia, todavia, ainda é uma incógnita. Com um campeonato estadual que tem média de público de 700 pessoas por jogo, a ideia é usar programas de lazer como um atrativo além do futebol. Assim como Cuiabá, a administração do local será terceirizada depois da Copa e há a esperança de que uma licitação aconteça entre agosto de outubro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário