quarta-feira, 11 de junho de 2014

TODO HOMEM ESTÁ SENTADO EM UMA BOMBA-RELÓGIO.



Um em cada seis homens pode desenvolver um câncer de próstata. 
A afirmação faz a nossa respiração parar por um minuto e nossos olhos procurar em volta pelos outros cinco que completam este vaticínio estatístico conosco. 
Já devíamos estar acostumados com este drama. Todo ano um contingente de 50.000 homens brasileiros enfrentam este diagnóstico. 
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma) e o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. 
Os números são dramáticos, mas, como quase tudo ligado à saúde, a palavra chave é a prevenção. 
Então, por que não procuramos um urologista todo ano como o fazem a maioria das mulheres com os seus ginecologistas? 
É verdade que o câncer de mama, outro grande vilão das famílias, não deixa por menos em índices de diagnóstico, mesmo com todo o poder de divulgação das campanhas da mídia e a procura de um diagnóstico precoce com maiores chances de cura. 
Talvez, então, tenhamos um universo ainda maior de pacientes não identificados de câncer de próstata que só aparecem nas estatísticas de óbito. 
Nós também temos que fazer algo a este respeito. A próstata, esta glândula tão importante para o processo da geração da vida, por motivos 
genéticos começa a crescer em tamanho a partir dos nossos 40 anos colocando o homem em sérios “apertos” com o enforcamento da uretra e as famosas sensações de urgência que vemos 
fazerem pais e avós correr para o banheiro para um gotejar desanimador frente a uma bexiga 
impaciente. 
Não bastasse este drama, que não é maligno e já possui tratamentos avançados, a próstata leva-nos com o tempo a uma loteria genética assassinando 12.000 pais de família por ano e 
deixando, mesmo quando o câncer é derrotado, milhares de homens impotentes e/ou incontinentes. 
Os impactos psicológicos são profundos. 
Sobreviventes de um câncer severo, eles acabam por cair, após uma grande batalha, nas trincheiras da depressão, afastados do calor do sexo e, constantemente úmidos, trocando 
fraldas a cada quatro horas. 
De volta para a companhia da mulher, dos filhos e netos ainda estarão isolados dos mesmos, que não conseguem entender porque o vovô cheira a “xixi”. 
Da mesma forma, também não restabelecem a dignidade de continuar o seu convívio pessoal e profissional onde a compreensão e o apoio são radicalmente menores do que o encontrado no 
seio do lar. 
O que lhes resta então fazer? 
Os mais afortunados, que possuem planos de saúde de primeira linha ou reservas pessoais encontram soluções nas áreas médicas, como implantes e tratamentos farmacológicos. Aos demais (quase três quartos da população) que só dispõem do SUS, resta o abandono e a depressão de ver o final de suas vidas escorrer como a urina que enche os panos que usam entre as pernas, pois a estes nem mesmo o conforto das fraldas descartáveis lhes é possível dada a sua situação econômica. 
Procure um urologista. Faça os seus exames todos os anos. 
Quebre o tabu de que perderá a sua masculinidade no exame próstata. 
Não se entregue a piadas prontas ou preconceitos e medos colocados em nossas cabeças tais como: “homem não chora, é forte e não tem tempo para cuidar-se porque tem que trabalhar 
todo o tempo para sustentar a família”. 
Se você morrer, sua família é que vai chorar e sofrer por não poder nunca mais desfrutar a sua companhia e muitas vezes ainda ter que lidar com dificuldades financeiras ao perder o seu provedor. 
Agora, se você foi diagnosticado com câncer de próstata e está em busca de informações, opções de tratamento, orientação legal, apoio psicológico e suporte de outros guerreiros que já vivenciaram este mal, procure-nos

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