
Na iminência de uma conferência patrocinada pelo papa no próximo mês, que marca o 150º aniversário de A Origem das Espécies de Darwin, o Vaticano também está lidando com a ideia do Design Inteligente, que argumenta que “um poder superior” deve ser responsável pelas complexidades da vida.
A conferência na Pontifícia Universidade Gregoriana irá discutir o Design Inteligente em certa medida, mas apenas como um “fenômeno cultural” em lugar de um assunto teológico ou científico.
O Monsenhor Ravasi disse que a teoria de Darwin nunca foi formalmente condenada pela Igreja Católica Romana, apontando para comentários de mais de 50 anos, quando o Papa Pio XII descreveu a Evolução como uma abordagem científica válida para o desenvolvimento dos [seres] humanos.
Nota: É um contrassenso uma igreja cristã rejeitar a teoria do design inteligente e abraçar a teoria da evolução de Darwin, como se a primeira não fosse científica – embora se proponha a identificar evidências de projeto inteligente na natureza – e a segunda fosse – embora tenha como base filosófica o naturalismo ateu. É lógico que podemos aceitar, como Agostinho, “que peixe grande come peixe pequeno” e que “formas de vida foram transformadas ‘vagarosamente ao longo do tempo’”, afinal, seleção natural, adaptações e “microevolução” são aspectos científicos do evolucionismo com os quais concordam os teóricos do designinteligente e os criacionistas. Mas o que não podemos é aceitar o “pacote” todo do evolucionismo, como a macroevolução e a origem abiótica da vida. O Vaticano apenas aceita isso porque renegou há muito tempo a literalidade dos primeiros capítulos do livro do Gênesis e porque há muitos séculos passou a proclamar a santidade do domingo em oposição ao sábado, o verdadeiro dia bíblico de repouso e memorial da criação (Êxodo 20:8-11).
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