Estudo escocês diz que filhos de mães acima do peso têm um risco 35% maior de morrer antes do 55 anos por problemas cardiovasculares
Um estudo escocês indica que filhos nascidos de mães obesas ou acima do peso têm mais chances de morrer prematuramente por problemas cardiovasculares .
Segundo a pesquisa, adultos cujas mães estavam obesas durante a gravidez têm um risco 35% maior de morrer antes dos 55 anos.
O estudo foi publicado na revista científica British Medical Journal , e é motivo para "grande preocupação", segundo os autores.
Os cientistas analisaram 28.540 mulheres que tiveram o peso registrado na primeira consulta do pré-natal e seus 37.709 filhos, atualmente com idades entre 34 e 61 anos.
Uma em cada cinco mães foi identificada como estando acima do peso, com índice de massa corporal (IMC) entre 25 e 29.9, e 4% foram consideradas obesas, com IMC acima de 30.
Eles verificaram que houve 6.551 mortes prematuras entre os filhos analisados, causadas principalmente por doenças do coração.
Segundo a pesquisa, o risco de morte prematura foi 35% maior entre as pessoas cujas mães estavam obesas na gravidez. Este índice foi calculado depois que outros fatores de risco foram descartados, como a idade da mãe no parto, classe social e peso do bebê.
Os resultados também revelaram que crianças nascidas de mães obesas têm risco 42% maior de sofrer ataques do coração, infarto ou angina.
Controle do apetite
A líder da pesquisa, Rebecca Reynolds, da Universidade de Edimburgo, disse que o levantamento ressalta como é importante manter um peso saudável durante a gravidez.
Ela acrescentou que mais pesquisas são necessárias para investigar as razões que explicam a maior probabilidade de morte entre filhos de grávidas obesas.
Estudos anteriores mostraram uma ligação entre obesidade na gravidez, mudanças no metabolismo infantil e dificuldades de controlar o apetite das crianças.
O professor Sir Stephen O'Rahilly, da Universidade de Cambridge, alerta que a obesidade pode passar de geração em geração.
"Pessoas obesas têm mais chances de sofrer de problemas cardiovasculares. Então é muito provável que, neste estudo, filhos de mães obesas eram mais gordos do que os de mães magras".
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