sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Um Obreiro Adaptável

Vede Paulo no cárcere de Filipos, onde, a despeito de seu ferido corpo, elevava um hino de louvor no silêncio da meia-noite. Depois do terremoto que abriu as portas da prisão, sua voz ouviu-se de novo, em palavras de ânimo ao carcereiro gentio: “Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!” (Atos 16:28) – cada homem em seu lugar, contidos pela presença de um companheiro de prisão. E o carcereiro, convencido da realidade da fé que sustentava Paulo, inquire acerca do caminho da salvação, e com toda a sua casa une-se aos perseguidos discípulos de Cristo.
Vede Paulo em Atenas, diante do concílio do Areópago, quando enfrenta ciência com ciência, lógica com lógica e filosofia com filosofia. Observai como, com tato nascido do amor divino, ele aponta a Jeová como o DEUS DESCONHECIDO, que seus ouvintes têm adorado ignorantemente; e em palavras tiradas de um de seus próprios poetas, pinta-O como um Pai, cujos filhos eles são. Ouvi-o, nessa época de castas, quando os direitos do homem como homem eram inteiramente negados, como ele expõe a grande verdade da fraternidade humana, declarando que Deus “de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra”. Atos 17:26.
Então, mostra como, através de todo trato de Deus com o homem, Seus propósitos de graça e misericórdia estão entretecidos como tessitura de ouro. Ele tem determinado “os tempos já dantes ordenados, e os limites da Sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós”. Atos 17:26 e 27.
Ouvi-o na corte de Festo, quando o rei Agripa, convencido da verdade do evangelho, exclama: “Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!” Atos 26:28. Com que gentil cortesia, apontando para suas próprias cadeias, Paulo responde: “Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.” Atos 26:29.
Assim transcorreu sua vida, descrita em suas próprias palavras, “em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.” II Cor. 11:26 e 27.
Disse mais: “Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos: somos blasfemados, e rogamos” (I Cor. 4:12 e 13); “contristados, mas sempre alegres: como pobres, mas enriquecendo a muitos: como nada tendo, e possuindo tudo.” II Cor. 6:10.

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