Técnico deixa comando da seleção depois da Copa e analisa que sucessor poderá usufruir de trabalho
Para a CBF e para o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, o futuro da equipe após o maior vexame da sua história de 100 anos não é de terra arrasada. A análise é de que o horizonte para a Copa de 2018, na Rússia, é positivo. E que a base da equipe que jogou a Copa deste ano no Brasil pode ser utilizada para se ter um final diferente.
“Por que (mudar)? Porque perdeu? Dessa equipe, 12 ou 13 jogadores estarão em 2018. É um caminho que está sendo feito. Foi o caminho da Alemanha. Desses jogadores 23, 14 estarão em 2018. É a nossa pior derrota? É. Mas é um caminho que temos que aprender”, disse o técnico. Ele deixa o cargo depois da disputa do terceiro lugar, sábado, em Brasília.
Do time titular que escalou nesta Copa, os principais nomes terão idade para estarem jogando em alto nível. Na zaga, Thiago Silva terá 33 anos e David Luiz, 31. Os dois estão invictos jogando juntos na seleção brasileira. Marcelo terá 30 anos e poderá ainda ser o lateral-esquerdo. Luiz Gustavo também terá 30. Oscar e Neymar, 26. E há os jogadores que não vieram para esta Copa, mas como ótimo potencial, casos de Lucas, que terá 25 anos, e Philippe Coutinho, outro com 26.
A renovação teria de começar no gol, já que Julio Cesar terá 38 anos e não se vê jogando outra Copa. Seus reservas em 2014, Jefferson e Victor, terão 35 anos. Na lateral-direita, Daniel Alves e Maicon, os convocados para as duas últimas Copas, também devem passar o bastão. O primeiro terá 35 e o segundo, 36.
O goleiro Julio Cesar aposta nessa jovem geração para fazer um papel melhor em 2018. Com bagagem de três Mundiais, ele avalia que a experiência adquirida nesta edição pode fazer a diferença no futuro. Esta foi a primeira Copa de muitos dos convocados. Só ele, Thiago Silva, Maicon, Daniel Alves, Fred e Ramires já haviam jogado uma edição.
“O sentimento é de tristeza, mas eu sei que daqui a quatro anos em 2018 eles vão estar melhores. Não vão deixar de serem o craques que são, consagrados internacionalmente e que na primeira Copa do Mundo chegaram numa semifinal e no Brasil. Isso tem um efeito muito grande”, disse o goleiro, satisfeito com desempenho em seu último Mundial. A inspiração pode ser a própria Alemanha, algoz em 2014.
“Essa seleção alemã chegou à semifinal nas duas últimas Copas, e não foi à final. E agora na terceira esse grupo chega. Esse trabalho é assim, a longo prazo, e a gente pode mirar nisso. Temos jogadores novos, 24, 25 anos, e quatro anos passam muito rápido. Em 2018 eles podem brigar por esse título de novo”, analisou.
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