Keylor Navas chegou ao futebol espanhol por intermédio de Luis Gabelo Conejo, eleito melhor goleiro do Mundial de 1990. Atuações de destaque já atraem potências europeias
As melhores campanhas da Costa Rica emCopas do Mundo passam pelas luvas de dois goleiros. Em 1990, na Itália, Luis Gabelo Conejo foi eleito o melhor da posição ao lado do argentino Goycochea após o país sobreviver a um grupo com Brasil, Escócia e Suécia. No torneio deste ano, no Brasil, Keylor Navas teve papel fundamental para a seleção ser líder de uma chave com três campeões mundiais (Inglaterra, Itália e Uruguai), além de defender um pênalti contra a Grécia, garantindo-se nas quartas de final pela primeira vez - enfrenta a Holanda neste sábado, em Salvador.
A história deles não se cruza apenas pelos desempenhos na Copa. Após o Mundial de 1990, Conejo deixou a Costa Rica para jogar pelo Albacete. Dez anos depois, com contatos no futebol espanhol e já atuando como preparador de goleiros da seleção do país, ele indicou Navas, então com 23 anos, ao clube, que virou sua porta de entrada na Europa.
Emprestado pelo Albacete em 2011, Navas ajudou o Levante a se classificar à Liga Europa pela primeira em sua história e, na última temporada, foi um dos melhores da posição no Campeonato Espanhol. O clube o contratou definitivamente em julho de 2011, por cerca de 150 mil euros. Após se destacar na Copa, as cifras envolvendo o goleiro de 27 anos devem deixar de ser humildes para os padrões europeus.
Navas virou alvo de grandes clubes para a janela de transferências da próxima temporada. O Levante já recusou propostas de Porto e Atlético de Madrid. O novo interessado no goleiro revelado pelo Saprissa seria o Real Madrid, atual campeão europeu.
"Encaro (o assédio dos clubes) com tranquilidade. Há coisas que são mais importantes neste momento, como a honra de um país. Quero fazer história pela Costa Rica", afirmou Navas, despistando sobre seu futuro.
Entre os goleiros de seleções classificadas às quartas de final, Navas é o segundo melhor em defesas: 14, ficando atrás apenas do colombiano Ospina. Com novas intervenções, ele pode segurar o badalado ataque holandês e transformar a campanha da Costa Rica nesta Copa em algo ainda mais histórico.
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